tag:blogger.com,1999:blog-154174178635390562024-02-18T22:39:27.073-03:00A Morte Me Cai BemYou both this on yourself.Gabriel Leitehttp://www.blogger.com/profile/01670403775407029565noreply@blogger.comBlogger194125tag:blogger.com,1999:blog-15417417863539056.post-60468083133289998182017-12-06T05:29:00.001-02:002017-12-06T05:29:48.022-02:00A Morte Me Caiu BemEste blog foi encerrado.
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<a href="https://gabrielleiteescritor.wordpress.com/blog/">https://gabrielleiteescritor.wordpress.com/blog/</a>Gabriel Leitehttp://www.blogger.com/profile/01670403775407029565noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-15417417863539056.post-19002934724240209552017-09-11T11:40:00.002-03:002017-09-11T11:40:12.895-03:00Noves ForaHoje esbarrei com a morte e não era nem nove da manhã. Voltava de uma clínica onde não pude renovar minha carteira de motorista (vencida há dez meses) porque o DETRAN exige uma foto 3x4 diferente da que está na CNH vencida. A minha era igual. Eu adorava aquela foto, mas não pude usar. E fui embora chateado com o sono que havia perdido à toa. Vinha pela calçada remoendo meus pequenos problemas como se não houvesse alguém mais azarado no Guará. Vi quando um carro do corpo de bombeiros chegou de sirene ligada e encostou na calçada e de onde saiu um bombeiro apressado, olhos fitos na pequena multidão que se aglomerava do lado de fora de uma agência do Banco do Brasil. Meu caminho era passar por ali. E meus olhos tiveram que cruzar o vidro. Do lado de fora, uma senhora estendia as mãos para frente, como se lançasse um feitiço. Exigia que o sangue dele circulasse dos pés à cabeça, ó Pai, que Tua força esteja aqui nesta manhã. Do lado de dentro, vi, como quem não queria ver, um senhor obeso caído no chão. Tentavam reanimá-lo, mas sua barba branca seguia imóvel na cara. Não quis fazer volume, peguei meu ônibus e segui viagem, ainda que um pouco sombrio. Sumiram meus problemas menores. Pensei no azar que devia ser morrer no dia do pagamento. Pensei na beleza de uma morte em plena agência bancária. Nos significados que tudo isso tem antes das nove da manhã. Depois, já na rodoviária, pensei que era melhor tirar logo a foto 3x4. Fiquei com cara de mongol e desde então tenho pensado nisso. No que fazer com 9 fotos horríveis.Gabriel Leitehttp://www.blogger.com/profile/01670403775407029565noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-15417417863539056.post-61086277515985736802017-04-26T15:46:00.001-03:002017-04-26T15:48:27.003-03:00Realmente DifícilDifícil não é ter que passar uma noite em claro, percorrer 2km de campus atrás de uma assinatura, atrás de um grampeador, atrás de uma sombra, subir a L2 num meio-dia, pegar ônibus custando os olhos da cara, fazer cadastro em edifício do governo, esperar pra ser atendido e só então conseguir o que você quer. Difícil mesmo é fazer tudo isso e ainda assim não conseguir.<br />
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Adoro que, pra religião, tudo pode ser justificado como bênção ou provação. Estou orando todos os dias, lendo a Bíblia, pagando minhas ofertas, guardando os 10 mandamentos e tudo o que eu quero é um carro (ou um emprego, ou encontrar alguém que me ame). Se eu consigo o carro, devo agradecer, pois fui abençoado, amém! Mas se eu não consigo.... Também tenho que agradecer, porque estou sendo provado, Deus está me dando a chance de crescer. Amém também.<br />
<br />
Nunca leu a história de Jó? Enquanto você não estiver tão fodido quanto ele, não tem o direito de reclamar. Não existe garantia. Deus, assim como a vida, tem uma justiça que foge á lógica humana (ou que só se faz no pós-vida).<br />
<br />
Às vezes você vai deixar de dormir, vai suar, vai fazer o melhor que você pode, e vai conseguir o que pretende. Isso é difícil. Mas às vezes você simplesmente não vai conseguir. E é aí que cabe o pulo do gato. Não adianta fazer bico e se revoltar contra Deus, ou contra a Natureza. Ela faz isso justamente pra expandir seus próprios limites. É uma tarefa tanto nossa, quanto da formiga, dos cachorros, das plantas. Ou você acha que sempre que a saúva se esforça, ela consegue levar a plantinha pro formigueiro? Não. Às vezes você vem com suas Havaiannas 42 de borracha e em 1 milésimo de segundo acaba com o trabalho de uma vida inteira. Não foi justo. Ela era uma formiga boa. Ela nunca matava o serviço, sempre andava na fila, respondia a chamada, era até bonita.<br />
<br />
Às vezes você recebeu uma informação errada, pegou um engarrafamento, faltou uma assinatura, e não acho que Deus tenha a ver com isso, como também não acho que o dono das Havaiannas tenha premeditado a morte da formiga. Os Deuses e a Natureza são e não são a mesma coisa. Se pautam pela lógica, pelo esforço e pela justiça, mas também se pautam pela sorte, pelo desejo e pelo caos.Gabriel Leitehttp://www.blogger.com/profile/01670403775407029565noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-15417417863539056.post-38950019126659773612017-03-17T11:30:00.000-03:002017-03-17T11:43:54.978-03:00Edukators<div style="text-align: center;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://leftisminfilm.files.wordpress.com/2012/05/edu3.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="241" src="https://leftisminfilm.files.wordpress.com/2012/05/edu3.png" width="400" /></a></div>
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Assisti esse filme alemão com uns 14 anos. Acho que me formou um pouco politicamente. Nele, três amigos tinham o costume de invadir mansões enquanto os donos viajavam, e não roubavam nada, não estragavam nada, mas mudavam tudo de lugar. Quando os donos chegavam, se deparavam com os móveis empilhados na sala de estar. A lição era clara (e, se não me engano, eles até deixavam um bilhete), vocês não estão seguros.</div>
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Já faz 5 anos que dou aula particular e sempre tentei mostrar pros alunos que eles não estão seguros. A maioria mora no Lago Sul, veste AppleWatch e joga videogame usando óculos de realidade virtual. São crianças, claro, e a gente fica até com pena de já terem opiniões tão preconceituosas, mas são crianças somente até o dia em que não serão mais.</div>
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Dar um reforço no português, pra quem já tem, além de todas as condições ideais para o estudo, a garantia de uma assistência e renda, se pá, vitalícia, é sim empoderar o empoderado. Não posso fazer outra coisa, se não quiser perder o emprego, além de manter as notas dessa criança no topo. Garantir a vaga dela, que sempre esteve garantida.</div>
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É um esforço mínimo, esse de bagunçar os móveis da mansão. Quase não muda nada. Mas enquanto o jovem lê algo como O Conto da Vara, ou quando escuta Geni e o Zepelim, mesmo que seja no iPhone 7, ou quando se reconhece como um agressor, ou quando reconhece a empregada doméstica como um ser humano, você sente que está não só empoderando o empoderado, mas também mexendo um pouco com os seus brios. Trazendo à tona seu medo mais secreto; que a classe de baixo se volte contra eles e invada sua casa e bagunce seus móveis.</div>
</div>
Gabriel Leitehttp://www.blogger.com/profile/01670403775407029565noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-15417417863539056.post-80476201792236583752016-12-31T18:25:00.000-02:002016-12-31T18:29:20.767-02:00Top 10: Filmes de 2016<div style="text-align: justify;">
Ano estranho com filme esquisito. Teve muito neon e polêmica (quase todo mundo odiou o suspense fashion do Nicolas Winding Refn - eu achei um filme super irônico de visual deslumbrante, além de amar felinos - e muita gente saiu do cinema pela quantidade de nu frontal e sexo explícito no brasileiro Boi Neon). Brasil esse que também trouxe Sônia Braga de volta com o importante Aquarius. Pro terror também foi um ano e tanto. Além da Bruxa, que, pra mim, foi a melhor coisa de 2016, ainda aparece na lista um filme coreano de zumbis, daqueles que você assistie abraçado nas próprias pernas, e o agoniante Sob a Sombra, que te deixa absolutamente pirado. Na animação, acho que perdi muita coisa, mas não deixei passar o fofíssimo Zootopia e a continuação de Procurando Nemo, que me fez chorar ainda mais que o original. Os diferentões da lista são O Lagosta e American Honey, o primeiro é meio distópico e fala de amor e o segundo é meio chapado e também fala de amor. Desculpa a pressa, tô doido pro ano acabar.</div>
<br />
<div style="text-align: center;">
10</div>
<div style="text-align: center;">
<b>Demônio Neon</b></div>
<div style="text-align: center;">
Nicolas Winding Refn</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRAjH0TmDW3O5B53p-gS4tv2D97dZPFHOBM0uNRoIt87Sd7D0HDeOAKxj0vKGSa9-QdA-iKjupUQPPACsAMit31fI7bXLbpxfXWaSLQ-f6ft9Cc0F1X8z4_F6fS2CEPAuKJUIB4Kn06w/s1600/neon-demon-poster-2_1200_1601_81_s.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRAjH0TmDW3O5B53p-gS4tv2D97dZPFHOBM0uNRoIt87Sd7D0HDeOAKxj0vKGSa9-QdA-iKjupUQPPACsAMit31fI7bXLbpxfXWaSLQ-f6ft9Cc0F1X8z4_F6fS2CEPAuKJUIB4Kn06w/s640/neon-demon-poster-2_1200_1601_81_s.jpg" width="476" /></a></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
9</div>
<div style="text-align: center;">
<b>Zootopia</b></div>
<div style="text-align: center;">
Byron Howard e Rich Moore</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwx7YcBYVJ8hEwnNH3zK1E76RyBu7wDJbco-ZhPkJYvf-vv0uaA_SQRJVDs2cBgucd4oxyZyUJ8KGn7Ewqy42F2xAbu6NlszifZLCj1bbRRmOKeCCvAOyikVc03qbLAvtgqA6Ek11Elg/s1600/maxresdefault.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwx7YcBYVJ8hEwnNH3zK1E76RyBu7wDJbco-ZhPkJYvf-vv0uaA_SQRJVDs2cBgucd4oxyZyUJ8KGn7Ewqy42F2xAbu6NlszifZLCj1bbRRmOKeCCvAOyikVc03qbLAvtgqA6Ek11Elg/s640/maxresdefault.jpg" width="432" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
8</div>
<div style="text-align: center;">
<b>Sob a Sombra</b></div>
<div style="text-align: center;">
Babak Anvari</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
7</div>
<div style="text-align: center;">
<b>Boi Neon</b></div>
<div style="text-align: center;">
Gabriel Mascaro</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
6</div>
<div style="text-align: center;">
<b>Invasão Zumbi</b></div>
<div style="text-align: center;">
Yeon Sang-ho</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAZfFZ8QmNfORrx41pEeOYYJZhJ1P_MulS7iqYK5hjM8wveywIYmO7DITY80nhx5vjkPfJLZ3FbR8Zqtl3UbuLSBv3F_330AB3pFPQUXvE5EqWrUJmeoe2g_B8CaURMoF6kFUv95zo-g/s1600/img_6660.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAZfFZ8QmNfORrx41pEeOYYJZhJ1P_MulS7iqYK5hjM8wveywIYmO7DITY80nhx5vjkPfJLZ3FbR8Zqtl3UbuLSBv3F_330AB3pFPQUXvE5EqWrUJmeoe2g_B8CaURMoF6kFUv95zo-g/s640/img_6660.jpg" width="446" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
5</div>
<div style="text-align: center;">
<b>O</b> <b>Lagosta</b></div>
<div style="text-align: center;">
Yorgos Lanthimos</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGGdGo3nKJwikHTc2S5LD16ud_08IrNNq6cr7sMa7XwT80h3fMJEmHtpA3qPZhjaW7mzzE-q5hrl3gk9DbNmMtU5ugC8cwxwza2DNliG87QqcBHw-8Z3_q7nTRg8s9Y0LrZSnaq8RqUw/s1600/lobster.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGGdGo3nKJwikHTc2S5LD16ud_08IrNNq6cr7sMa7XwT80h3fMJEmHtpA3qPZhjaW7mzzE-q5hrl3gk9DbNmMtU5ugC8cwxwza2DNliG87QqcBHw-8Z3_q7nTRg8s9Y0LrZSnaq8RqUw/s640/lobster.jpg" width="450" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
4</div>
<div style="text-align: center;">
<b>Procurando Dory</b></div>
<div style="text-align: center;">
Andrew Stanton</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjv-H0aW1-oc_0uNGLlyrMmuDqdltF3RVw8fwHXLE1IwsRy4ocywceaU3CSsHP3-_TqIu1iks_exJSJyF9VcLpDoxOxbClWHO_nKAvHBew0d0YZ6YVu9IEWROyxMvK6y3ifuTZ1BeWbfg/s1600/12698165_10154620446469199_6247079868899098213_o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjv-H0aW1-oc_0uNGLlyrMmuDqdltF3RVw8fwHXLE1IwsRy4ocywceaU3CSsHP3-_TqIu1iks_exJSJyF9VcLpDoxOxbClWHO_nKAvHBew0d0YZ6YVu9IEWROyxMvK6y3ifuTZ1BeWbfg/s640/12698165_10154620446469199_6247079868899098213_o.jpg" width="432" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
3</div>
<div style="text-align: center;">
<b>Aquarius</b></div>
<div style="text-align: center;">
Kleber Mendonça Filho</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTJ5uZF0DuZ2h81D674CN3l0W9IwfIuzEmX1RS6CFt6Lyrj5XDFNTMOUpBg_LVlIkhkCV4fJPpDlqdyYzA9r42VpIXAF8ESc2-JWFnvl8kuZsR-Ox90VCQIUAQU4Lc0zdPuL7TTDebAA/s1600/241687.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTJ5uZF0DuZ2h81D674CN3l0W9IwfIuzEmX1RS6CFt6Lyrj5XDFNTMOUpBg_LVlIkhkCV4fJPpDlqdyYzA9r42VpIXAF8ESc2-JWFnvl8kuZsR-Ox90VCQIUAQU4Lc0zdPuL7TTDebAA/s640/241687.jpg" width="464" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
2</div>
<div style="text-align: center;">
<b>American Honey</b></div>
<div style="text-align: center;">
Andrea Arnold</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjN9tsOyV8rIsdH942sYnlTOC14N_xE-AtSXwKitVT3C2zz2-YBxtaCLt1fQbr5vMI-CXPCPlDaLrs79whgOV21KhYEZZuIztGg8p-QoKs9UrLe4e-SKaYsCcsWFeE2yKapy0AwQ3trgQ/s1600/american-honey-poster.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjN9tsOyV8rIsdH942sYnlTOC14N_xE-AtSXwKitVT3C2zz2-YBxtaCLt1fQbr5vMI-CXPCPlDaLrs79whgOV21KhYEZZuIztGg8p-QoKs9UrLe4e-SKaYsCcsWFeE2yKapy0AwQ3trgQ/s640/american-honey-poster.jpg" width="432" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
1</div>
<div style="text-align: center;">
<b>A Bruxa</b></div>
<div style="text-align: center;">
Robert Eggers</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOTT5kh6MezS3e9hM3V2psm5zVloBHvJFWgKWzGz1ZRM_XZor0MioApYdqFbVcxsdRTn1jNLdRYu10VYQMeCPZ8MEqpx4rPW03MFHT1g7tBbuBgVt5gjARcW7xW0KXWWQ6jZCs9MDzFQ/s1600/the_witch.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOTT5kh6MezS3e9hM3V2psm5zVloBHvJFWgKWzGz1ZRM_XZor0MioApYdqFbVcxsdRTn1jNLdRYu10VYQMeCPZ8MEqpx4rPW03MFHT1g7tBbuBgVt5gjARcW7xW0KXWWQ6jZCs9MDzFQ/s640/the_witch.jpg" width="430" /></a></div>
Gabriel Leitehttp://www.blogger.com/profile/01670403775407029565noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-15417417863539056.post-83460352552498786022016-12-31T16:26:00.004-02:002016-12-31T18:25:25.136-02:00Top 10: Álbuns de 2016<div style="text-align: justify;">
A gente tem mania de conectar músicas específicas a memórias específicas. Acho que vem daí a popularidade tremenda dessa manifestação artística, etc. E eu faço isso de um jeito bastante consciente, porque uma das coisas que primeiro acontecem quando passo por algum rompimento ou mudança é a troca de todas as músicas do celular. Ouvir música nova, além de não te vincular a um passado que você provavelmente quer deixar pra trás, te apresenta a uma penca de melodias e frases novas que você nem fazia ideia de que precisava ouvir.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Foi um ano difícil e, falando por mim, se não fossem esses 10 álbuns aqui, teria sido ainda pior. Eles não estavam sozinhos. Em 2016 eu tive que deixar de fora da lista duas voltas maravilhosas: a da senhorita Britney Spears, que mostrou que pode ter 30, 40 ou 60 anos, mas vai continuar garota, e Fernanda Abreu, que é a funkeira que o Brasil merece, mas não quer. E esse ano também foi o ano da Ludmilla (a funkeira que o Brasil quer, mas não merece). Two Door Cinema Club fez um CD perfeito pra tocar em social, além de lindíssimo, e Leonard Cohen fechou o ano com o álbum mais sombrio da carreira, lançado pouco antes da sua própria morte.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Esse ano não vou escrever um parágrafo sobre cada álbum, porque penso que não há nada que eu vá falar que você não possa descobrir ouvindo. Mentira, é que tô com preguiça mesmo.</div>
<br />
<div style="text-align: center;">
10</div>
<div style="text-align: center;">
<b>Hopelessness</b></div>
<div style="text-align: center;">
Anohni</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKqmPGE3CaYCnBFz9myh_y5S3BN3Nj3o4VWqfd8saIjDVVEAyyMNMq85wGGTCWg4b4r1Xf7UfRWGHvujHN48btB6Hesp7RYg9GwtCuNIeignWhDy7m87puVyk9tkLuoHdZVlIX8Kr-dw/s1600/a1895762218_10.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKqmPGE3CaYCnBFz9myh_y5S3BN3Nj3o4VWqfd8saIjDVVEAyyMNMq85wGGTCWg4b4r1Xf7UfRWGHvujHN48btB6Hesp7RYg9GwtCuNIeignWhDy7m87puVyk9tkLuoHdZVlIX8Kr-dw/s400/a1895762218_10.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
9</div>
<div style="text-align: center;">
<b>I Remember</b></div>
<div style="text-align: center;">
AlunaGeorge</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiT_s_05lkUAuiJ0tuw_HsAkt5Thfap2BHw2oIz6LdWzCMttFBm3eVYowOOI0jeWZD5afqqTDcwJ3UvWdyqpE6dTPQLse57tedHtJXweLTTJgUmY1DUA4p32PKyNMUPaiJ2-z0_Z_etng/s1600/AlunaGeorge-I-Remember-2016-2480x2480.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiT_s_05lkUAuiJ0tuw_HsAkt5Thfap2BHw2oIz6LdWzCMttFBm3eVYowOOI0jeWZD5afqqTDcwJ3UvWdyqpE6dTPQLse57tedHtJXweLTTJgUmY1DUA4p32PKyNMUPaiJ2-z0_Z_etng/s400/AlunaGeorge-I-Remember-2016-2480x2480.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
8</div>
<div style="text-align: center;">
<b>Blond</b></div>
<div style="text-align: center;">
Frank Ocean</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwYkdtq1F5zqB41e0QoncWNfHTb1_VXvBwgt4FbuCQDzhOi8j5-VCuVWwbaBUe27Xh4xbkecd8EwlzqVF9aNjxtRGLOS6sOZw0hXWdyRe2sWGy8WfLrQDHDXJCPtPiiPkYW98bD95fRQ/s1600/5f06f7f6.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwYkdtq1F5zqB41e0QoncWNfHTb1_VXvBwgt4FbuCQDzhOi8j5-VCuVWwbaBUe27Xh4xbkecd8EwlzqVF9aNjxtRGLOS6sOZw0hXWdyRe2sWGy8WfLrQDHDXJCPtPiiPkYW98bD95fRQ/s400/5f06f7f6.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
7</div>
<div style="text-align: center;">
<b>Duas Cidades</b></div>
<div style="text-align: center;">
Baiana System</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgO87d6pYud8RRtCg0WPssGVAHrKBpNiFETU5kGa5s4YSagN77WAPJS-sbpNfhw-t1x7HjDTpD-1ILrAhUg74dbFUlK_sFI7ATTKMu4MHAYGRtzhxtCcOk9dwr1SS-qlkpk0HXic6ZsOQ/s1600/img-1037147-baianasystem-duas-cidades.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgO87d6pYud8RRtCg0WPssGVAHrKBpNiFETU5kGa5s4YSagN77WAPJS-sbpNfhw-t1x7HjDTpD-1ILrAhUg74dbFUlK_sFI7ATTKMu4MHAYGRtzhxtCcOk9dwr1SS-qlkpk0HXic6ZsOQ/s400/img-1037147-baianasystem-duas-cidades.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
6</div>
<div style="text-align: center;">
<b>Dangerous Woman</b></div>
<div style="text-align: center;">
Ariana Grande</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQmsGNeM2T23232pJM4OpUdxoLcVlise-EtrJCYQTFgD4QW8YY5IUwbD6JmXw_9CyVyxvI9BmO7aQsN9KPEIOp0u_hPAxODyQsbNYUpDQqu2VKcrWVmAKfTMjsKbcYoRb_95MDqDnotQ/s1600/Ariana_Grande_Dangerous_Woman.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQmsGNeM2T23232pJM4OpUdxoLcVlise-EtrJCYQTFgD4QW8YY5IUwbD6JmXw_9CyVyxvI9BmO7aQsN9KPEIOp0u_hPAxODyQsbNYUpDQqu2VKcrWVmAKfTMjsKbcYoRb_95MDqDnotQ/s400/Ariana_Grande_Dangerous_Woman.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
5</div>
<div style="text-align: center;">
<b>This Is What the Truth Feels Like</b></div>
<div style="text-align: center;">
Gwen Stefani</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhB3Brp8JrHsx0Htx6CYIPQ483eBgyNbnN6dp97QF-aMbKlwVYis450yc3X1eCp_JjYJalZbgM-Y-CEHPgjhxdYgeefHcxgeBHd0mZqyoVVa5civzH6FpjVd3Z50RpvFQO8Op8TM5z39w/s1600/7960f327.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhB3Brp8JrHsx0Htx6CYIPQ483eBgyNbnN6dp97QF-aMbKlwVYis450yc3X1eCp_JjYJalZbgM-Y-CEHPgjhxdYgeefHcxgeBHd0mZqyoVVa5civzH6FpjVd3Z50RpvFQO8Op8TM5z39w/s400/7960f327.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
4</div>
<div style="text-align: center;">
<b>Tropix</b></div>
<div style="text-align: center;">
Céu</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAwts6aVa5iK0ynGt6BX7Oqml_Jk9-lEWOruakebmoeIMnq7aNmSzhAZO6WCXaULVfSAZvu5R_4HWeXPYo9Ces-SjY-aNRfK1jrgyugbCD4nBwfL-uhDdcWPfxv0S-aoqcUo-gcikj0w/s1600/Ce%25CC%2581u-tropix.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAwts6aVa5iK0ynGt6BX7Oqml_Jk9-lEWOruakebmoeIMnq7aNmSzhAZO6WCXaULVfSAZvu5R_4HWeXPYo9Ces-SjY-aNRfK1jrgyugbCD4nBwfL-uhDdcWPfxv0S-aoqcUo-gcikj0w/s400/Ce%25CC%2581u-tropix.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
3</div>
<div style="text-align: center;">
<b>Anti</b></div>
<div style="text-align: center;">
Rihanna</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj08V1HJI6mcFW09jo0XFokzP-QBby-jIpFDZajxP5HBcXSc_5pqe5_N22hI3V0VefTvSiHoDFv7JwIEs9-RWcMS2bIczcIuNhXZTwcgEM141XRLR3tNDmQSyPZymlgpvxzqsOhu4yS8Q/s1600/RIRI-Front-6.203-x-5.4375-CMYK.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj08V1HJI6mcFW09jo0XFokzP-QBby-jIpFDZajxP5HBcXSc_5pqe5_N22hI3V0VefTvSiHoDFv7JwIEs9-RWcMS2bIczcIuNhXZTwcgEM141XRLR3tNDmQSyPZymlgpvxzqsOhu4yS8Q/s400/RIRI-Front-6.203-x-5.4375-CMYK.jpg" width="350" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
2</div>
<div style="text-align: center;">
<b>Lemonade</b></div>
<div style="text-align: center;">
Beyoncé</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
1</div>
<div style="text-align: center;">
<b>The Life Of Pablo</b></div>
<div style="text-align: center;">
Kanye West</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwig0ZdBh5t3lgFDhM3yllYYssm0kTtWEaw9ckLZFtdzYNGm-vqpRAhu40SAxHkhvgBiRJKtBCSSU0HxZKGMz2IyEvS3Q8GBcNgKx-ES06Ck4CbKA6-ti190RMp3M_AtjZ-V_gvU8z8w/s1600/aHR0cDovL2NvbnRlbnQuY2xlYXJjaGFubmVsLmNvbS9jYy1jb21tb24vbWxpYi85MTEvMDIvOTExXzE0NTU0NjkyNTUuanBn.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwig0ZdBh5t3lgFDhM3yllYYssm0kTtWEaw9ckLZFtdzYNGm-vqpRAhu40SAxHkhvgBiRJKtBCSSU0HxZKGMz2IyEvS3Q8GBcNgKx-ES06Ck4CbKA6-ti190RMp3M_AtjZ-V_gvU8z8w/s400/aHR0cDovL2NvbnRlbnQuY2xlYXJjaGFubmVsLmNvbS9jYy1jb21tb24vbWxpYi85MTEvMDIvOTExXzE0NTU0NjkyNTUuanBn.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Bônus de EPs e singles incríveis demais:</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<b>Be The One</b></div>
<div style="text-align: center;">
Dua Lipa</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCAv0BBBqrJRsK8yWvJz7y0sa9w0gHNGE7KILCPWLsJ-Bl2iT2mX5-KFiaAodxmjWRMWw9qFP0QzG2jICaum3aMKOrDV2ZGhbOdPjsmFnRJvXqZMGG4RHoHVh9-2yMqXiG3gJI0F6rSw/s1600/DUA_Be_The_One.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCAv0BBBqrJRsK8yWvJz7y0sa9w0gHNGE7KILCPWLsJ-Bl2iT2mX5-KFiaAodxmjWRMWw9qFP0QzG2jICaum3aMKOrDV2ZGhbOdPjsmFnRJvXqZMGG4RHoHVh9-2yMqXiG3gJI0F6rSw/s400/DUA_Be_The_One.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<b>Soft Animals</b></div>
<div style="text-align: center;">
Sofi Tucker</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOuEK6WrWuWxPCNFIJmzknk3E0FQ5vpha61sN3pO_fGntgFeN-OeuxhwYV_Wa0dlfuwNGWI0-U-qk1YSSJtmtWkklFmjd9c9FSWdpRyHFopgSIAHsN1VijCVqw0wA9KxjeN-zZYeFR6Q/s1600/7X5.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOuEK6WrWuWxPCNFIJmzknk3E0FQ5vpha61sN3pO_fGntgFeN-OeuxhwYV_Wa0dlfuwNGWI0-U-qk1YSSJtmtWkklFmjd9c9FSWdpRyHFopgSIAHsN1VijCVqw0wA9KxjeN-zZYeFR6Q/s400/7X5.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<b>Coconut Oil</b></div>
<div style="text-align: center;">
Lizzo</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvHSjo4UeeueL0dd6Qtpr6jVLvr0qJogetLh-LRkxyGuzD2aYhi5Rb7Ys3pTneXFv0YiAk_3EWmTT0dZlFhmm3RPduFtNqIq2dblbh2X8_xBn9a3NEbuE2ggwQq2HXK3gtgjxEoXvFSQ/s1600/CuLlhS9UIAAdyhE.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvHSjo4UeeueL0dd6Qtpr6jVLvr0qJogetLh-LRkxyGuzD2aYhi5Rb7Ys3pTneXFv0YiAk_3EWmTT0dZlFhmm3RPduFtNqIq2dblbh2X8_xBn9a3NEbuE2ggwQq2HXK3gtgjxEoXvFSQ/s400/CuLlhS9UIAAdyhE.jpg" width="400" /></a></div>
Gabriel Leitehttp://www.blogger.com/profile/01670403775407029565noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-15417417863539056.post-88395660811751631742016-07-28T03:54:00.000-03:002016-07-28T03:54:08.788-03:00As coisas mais estranhas<div>
Estive pensando muito nesse livro do Cortázar desde que terminei de ler. São contos bem impressionantes. E tem sempre um aspecto absurdo ou de sonho que me confunde e me mantém atento. É um esforço também. Um livrinho de 140 páginas, que ganhei em 2014 (e que, ainda em 2014 comecei a ler) e só fui terminar agora. A bagunça que eu faço.
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<br /></div>
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Todo o objetivo dessas férias de julho era organizar essa parte da leitura e da escrita na minha vida, que tem estado um caos (e, pelo que parece, é o que escolhi fazer da vida, então se tem uma área que não pode estar um caos é essa). Sem brincadeira, eu já perdi as contas. Completamente. (Ontem lembrei que tava lendo Crime e Castigo, inclusive já tinha passado da metade, mas fui obrigado a devolver pra BCE porque já estava pagando multa. Aí devolvi, nunca paguei a multa, nunca mais continuei a ler... pensa nos nomes dos personagens de romance russo. Já era.) Perdi a conta dos livros que estou lendo. E, por isso, eles nunca terminam. A gente pula de um livro pro outro sem terminar nenhum, não para de comprar e as pilhas só aumentam.</div>
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<br /></div>
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Mais uma vez acho que a nossa relação com eles reflete muito bem a nossa relação com o resto. Nesse mês eu queria ter dado uma respirada, sentado a bunda e terminado uns seis livros que já vinham mais pra lá do que pra cá. Consegui até agora quatro.</div>
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Um amigo me contou uma vez que ouviu alguém dizer que ler um romance é como habitar um novo mundo. Que é preciso certo tempo para se acomodar, reconhecer os cenários, se reconhecer no novo mundo; e que ler vários romances ao mesmo tempo seria o mesmo que saltar de um mundo para outro completamente diferente o tempo todo. Ao fim da metáfora eu estava exausto. E isso porque naquela hora só consegui pensar em dois ou três (dos vinte e oito) mundos onde habito.</div>
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Sobre o Bestiário (que não é romance, note), é melhor vocês entrarem em cada conto por conta própria. Já faz tempo que parei de querer guiar as pessoas em qualquer coisa que seja. Adianta bestas. A gente indica, incentiva, mas apresentá-la seria um erro fatal. Principalmente quando se trata de um texto tão estranho. Acho que estranheza é das qualidades mais humanas e que, por humana, a arte tem obrigação de revelar. Realismo fantástico faz isso muito bem. Leiam esses caras dos anos 60. São todos muito estranhos.</div>
Gabriel Leitehttp://www.blogger.com/profile/01670403775407029565noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-15417417863539056.post-34224063448895956602016-01-25T07:27:00.001-02:002016-01-25T07:28:56.486-02:00É Good e Nóis Não Have<div style="text-align: justify;">
Crescer tem sido pra mim, em grande medida, a constatação espantosa e desesperadora do poder do dinheiro. É o tipo de problema que me enche de mágoa, porque estou sempre tentando fugir dele. Eu juro que não queria dar tanto poder assim pro capital. E também não tô reclamando agora só porque o país tá em crise e uma bandejinha com 4 fatias de queijo sai a cinco reais no Big Box. Dinheiro sempre foi um incômodo, porque sempre senti que precisava dele ao mesmo tempo em que não aceitava precisar de uma coisa tão insignificante.
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<div style="text-align: justify;">
Ontem cheguei ao cúmulo de lavar meus óculos (que já estão com uma perna só) e secar no secador de cabelo pra economizar guardanapo. Quando equilibrei a armação de volta no meu nariz, percebi a lente completamente embaçada, o que não fazia sentido algum. Acabei usando o guardanapo, pra ver se resolvia, mas o embaçado não era do tipo que saía. Fui pesquisar a aberração e descobri que o calor danificava a lente, principalmente se ela tivesse tratamento anti-reflexo. Ou seja: como se não bastasse os óculos só terem uma perna, gastei energia, guardanapo e agora enxergo tudo em modo benflogin.</div>
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Tinha vontade de falar com o psiquiatra que dinheiro é atualmente a coisa que mais me deixa triste e que ele cobrando 500 reais a consulta não está sendo de muita ajuda. Aí o problema da grana se torna tão insustentável que você é obrigado a reduzir os gastos, deixa de ir no médico e, como nada se resolve, continua sofrendo por dinheiro, mas com a diferença de que agora não tem outro lugar pra reclamar a não ser no seu blog abandonado.</div>
Gabriel Leitehttp://www.blogger.com/profile/01670403775407029565noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-15417417863539056.post-88478096831031576222015-12-31T19:01:00.000-02:002016-01-02T04:50:51.183-02:00Os Melhores Filmes de 2015<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh61TFSw5F5qLOfpuiLjpawA5-Nc-7xS6KUbVe9buOrA258wt5OExr10BVToOvhztFcQE51s-U8IEZWJg9n-AMZoCHuAO0s0ddbxEZqckByqdq8K9Ea-KHOm1MPnXITdk7pN8Ubt_CHPQ/s1600/MAD+NOIVAS.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="162" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh61TFSw5F5qLOfpuiLjpawA5-Nc-7xS6KUbVe9buOrA258wt5OExr10BVToOvhztFcQE51s-U8IEZWJg9n-AMZoCHuAO0s0ddbxEZqckByqdq8K9Ea-KHOm1MPnXITdk7pN8Ubt_CHPQ/s400/MAD+NOIVAS.jpg" width="400" /></a></div>
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Desculpa por não ter conseguido acompanhar o circuito muito bem, mas estive sem dinheiro e sem paciência para transporte público, fila de ingresso, gente conversando do meu lado, gente no smartphone... então quase não vi os filmes do ano. Preferi fazer uma maratona dos clássicos Disney, depois uma de Harry Potter, Senhor dos Anéis, Batman... Ou seja, posso estar sendo injusto com alguns títulos que ainda não consegui ver, como, por exemplo, Star Wars, mas não tem problema. Melhor uma lista singela que um ano mal terminado.</div>
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10. <b>Cobain: Montage of Heck</b>, de Brett Morgen</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwTi99KeRC3YnG0OBR33QIyvQguaGgSohWTyQRbcWw8I5jZIrQBTkLP23G_ySRQfK-GcQGNRUDnajtDwmRy9GCLrBApNqo3mQXSngQS3HWy0yvJY2TVx9tpoqu19UeJszXMMx9lz48dw/s1600/coubain.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwTi99KeRC3YnG0OBR33QIyvQguaGgSohWTyQRbcWw8I5jZIrQBTkLP23G_ySRQfK-GcQGNRUDnajtDwmRy9GCLrBApNqo3mQXSngQS3HWy0yvJY2TVx9tpoqu19UeJszXMMx9lz48dw/s400/coubain.png" width="400" /></a></div>
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Parece que foi o ano dos documentários. E eu, que nunca fui do rock, me peguei inteiramente envolvido com a vida desse cara. Graças a uma montagem perfeita e ao conteúdo extremamente pessoal que compõe o filme, a sensação que a gente tem é de estar diante do que resta de mais íntimo do artista.</div>
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9. <b>Casa Grande</b>, de Fellipe Barbosa</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWLuMOrDPqjy8t-B5Q0fCc56p6SmZK6bgjyLDHdI6i0ns1UdFGIFO7_3GzhX2b52sLE1bWd7CenbDK6K2NPLgTU3DyFyv4LgiM2H4LBeMRBMT5XVnI_3HBBQ5X5MtZJTLoPK7r9OYH_w/s1600/casa+grande.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="265" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWLuMOrDPqjy8t-B5Q0fCc56p6SmZK6bgjyLDHdI6i0ns1UdFGIFO7_3GzhX2b52sLE1bWd7CenbDK6K2NPLgTU3DyFyv4LgiM2H4LBeMRBMT5XVnI_3HBBQ5X5MtZJTLoPK7r9OYH_w/s400/casa+grande.jpg" width="400" /></a></div>
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Beleza de reflexão sobre os sistemas de escravidão, favor e troca, ainda vigentes no Brasil. As atuações sofrem daquele probleminha do amadorismo, mas nada que a fotografia linda ou a edição elegante não disfarcem. É o único filme nacional da lista, mas isso não é culpa minha.</div>
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8. <b>Foxcatcher</b>, de Bennett Miller</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgASbfWdetISFfWNFkuHdnbCBQ1k-Dbocv_b2SWLk3rUCGFs3zMDOFM-HYsB_aIt2JWMKyC675esuf-pC1QpozpOVspHXiy0FpWaU_QB1LoQJjpgiOIKk-wbai5_UKgU1zz3U5p5dkb_Q/s1600/foxcatcher.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgASbfWdetISFfWNFkuHdnbCBQ1k-Dbocv_b2SWLk3rUCGFs3zMDOFM-HYsB_aIt2JWMKyC675esuf-pC1QpozpOVspHXiy0FpWaU_QB1LoQJjpgiOIKk-wbai5_UKgU1zz3U5p5dkb_Q/s400/foxcatcher.jpg" width="400" /></a></div>
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Precisamos falar sobre um cara e o nome dele é Steve Carrel. Fantástico o vilão que este homem nos entrega aqui. Eu fiquei de boca aberta boa parte do filme. Carrel está assustador, transformado, com trejeitos que inspiram ao mesmo tempo asco e vergonha.</div>
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7. <b>A Very Murray Christmas</b>, de Sofia Coppola</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgw9MfECl7yai7fjguY8iEzv2KIZpMYbfx3_FqhnjTi0HKem_9Bb-gbJzO0CdVK87s_hReaiIqG_MV4wFU3xo3rH_laSu_UglZMY3kFpXK_zTt2LYLQuAnhIh5lMiX6a5Ejv5HTLJsGAw/s1600/murray.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgw9MfECl7yai7fjguY8iEzv2KIZpMYbfx3_FqhnjTi0HKem_9Bb-gbJzO0CdVK87s_hReaiIqG_MV4wFU3xo3rH_laSu_UglZMY3kFpXK_zTt2LYLQuAnhIh5lMiX6a5Ejv5HTLJsGAw/s400/murray.jpg" width="400" /></a></div>
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Pode me chamar de fã boy, mas não consegui ver um defeito sequer neste especial de natal dirigido pela Sofia Coppola pro Netflix. Tem Bill Murray cantando, (Miley Cyrus cantando), George Clooney cantando (!). Tem todo mundo cantando. E aquela melancolia característica de um cara bem sucedido profissionalmente, mas com o emocional em pedaços, que a diretora já tinha explorado tão bem em Encontros e Desencontros e Um Lugar Qualquer.</div>
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6. <b>O Fim da Turnê</b>, de James Ponsoldt</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPOqLnCeZPHcNoPUC8Cps0HMKHHSg0w3nQbDinPuh5fkcBqfVgTwLM2AOn1BPb1cuwUsSnXaHNlNHKaq0lozrDOQxT_DMTKFZbMcy4H-tteqoIPQ7Q9KFyavgyO032qmQ-al9t6t8vUQ/s1600/the+end+of+tour.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="136" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPOqLnCeZPHcNoPUC8Cps0HMKHHSg0w3nQbDinPuh5fkcBqfVgTwLM2AOn1BPb1cuwUsSnXaHNlNHKaq0lozrDOQxT_DMTKFZbMcy4H-tteqoIPQ7Q9KFyavgyO032qmQ-al9t6t8vUQ/s400/the+end+of+tour.jpg" width="400" /></a></div>
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Ainda não terminei de ler Graça Infinita (dizem que a leitura também é infinita), mas esse filme passado em pouquíssimos dias, durante uma turnê de divulgação da obra, consegue transmitir boa parte da atmosfera do romance. A história é sobre um repórter da Rolling Stone que fica fascinado com o livro (todo mundo que lê, fica) e precisa esboçar um perfil do excêntrico escritor norte-americano. David Foster Wallace, que ficou famoso pelo tom depressivo-neurótico de seus textos e se matou antes dos cinquenta, conseguiu, neste filme, se tornar tão interessante quanto sua própria obra.</div>
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5. <b>Ida</b>, de Lukasz Zal e Pawel Pawlikowski</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg534ttNMHfqV8IgAPVC_OYrzl-7osPWJgWHXIKxa28mza2qT9vY68E7w1WSGEEPFRz7YiRGZEEwix0-I2ZbVqGhUHVfnZQhCXrm4aR3_EbF7IFA_y2Gs1EgOXYpjzLemlN9BB-PzcF6w/s1600/ida.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="267" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg534ttNMHfqV8IgAPVC_OYrzl-7osPWJgWHXIKxa28mza2qT9vY68E7w1WSGEEPFRz7YiRGZEEwix0-I2ZbVqGhUHVfnZQhCXrm4aR3_EbF7IFA_y2Gs1EgOXYpjzLemlN9BB-PzcF6w/s400/ida.jpg" width="400" /></a></div>
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O filme mais lindo do ano (e isso no ano em que tivemos Mad Max). Ida tem um enquadramento absolutamente original, que faz a gente enxergar a história de uma perspectiva poucas vezes experimentada no cinema. A fotografia em preto e branco só deixa tudo mais bonito: as expressões da atriz, a textura da roupa, os fios de cabelo...</div>
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4. <b>Whiplash</b>, de Damien Chazelle</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0xfxNy3DdzAl0qhM4eR3s74zqk4EcZ6j67JpA6_zRGGk13BuOs2WCsEFExfGkDfh9sAgCI7R_CXrYmArnm0CvqF65nGblMH5xYtJIgyXjiCPf41hza79kk9pVGNNOrSjM4vc4O9kU9A/s1600/WHIPLASH.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="166" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0xfxNy3DdzAl0qhM4eR3s74zqk4EcZ6j67JpA6_zRGGk13BuOs2WCsEFExfGkDfh9sAgCI7R_CXrYmArnm0CvqF65nGblMH5xYtJIgyXjiCPf41hza79kk9pVGNNOrSjM4vc4O9kU9A/s400/WHIPLASH.jpg" width="400" /></a></div>
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Além de um trabalho absurdo de edição de som e imagem (o filme começa com bateria e termina com bateria), Whiplash traz a dupla de protagonistas mais entregues do ano (pau a pau com a dupla de O Fim da Turnê). O filme é um duelo; e dos bons.</div>
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3. <b>Divertida Mente</b>, de Pete Docter</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitxOLmQlC24P4LZJFEPz4cauFijw8OP_19a9Mt_mcsi18wA5KwAynJN0NyZKRJ9R2ZfWn6ehV0K9HRrfUYT3W2qkpaTKObHmYDb3gn0BPwwy4WryNYOJ-wHoMCMFyIPBgvuVJ06rLPUQ/s1600/divertida.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="265" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitxOLmQlC24P4LZJFEPz4cauFijw8OP_19a9Mt_mcsi18wA5KwAynJN0NyZKRJ9R2ZfWn6ehV0K9HRrfUYT3W2qkpaTKObHmYDb3gn0BPwwy4WryNYOJ-wHoMCMFyIPBgvuVJ06rLPUQ/s400/divertida.jpg" width="400" /></a></div>
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Disseram que era a volta da Pixar e era mesmo. Divertida Mente constrói aqueles universos imensos e completamente originais, que são a especialidade do estúdio, sem descuidar do visual (as cores são tão lindas que dá vontade de por na boca) ou da historinha. Falar sobre tristeza para crianças já é uma coisa difícil, imagina fazer isso de modo colorido, envolvente e criativo?</div>
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2. <b>Amy</b>, de Asif Kapadia</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg294QpR84RvPn8INQAMrqkVZ42FRn3_BrRxHHaBTdm4CDlswKTAgAYcVVEx9Mf7V6YX4bSfXesOCN3jyus1o9i-flSm5a3jYbk1Aoe6HX_ksMPzp1QRWCNBhH-DYsl51F0E39jRVGngg/s1600/AMY.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="215" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg294QpR84RvPn8INQAMrqkVZ42FRn3_BrRxHHaBTdm4CDlswKTAgAYcVVEx9Mf7V6YX4bSfXesOCN3jyus1o9i-flSm5a3jYbk1Aoe6HX_ksMPzp1QRWCNBhH-DYsl51F0E39jRVGngg/s400/AMY.png" width="400" /></a></div>
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Chorei, não procurei esconder... Todos viram, fingiram... Pena de mim, não precisava! Ali onde eu chorei qualquer um chorava...</div>
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1. <b>Mad Max: Estrada da Fúria</b>, por George Miller</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4JQx5J0mKCGQ-XeMs93DJvWh1kFTzrmQiaWOi2dXjGwNJIz57W7NeYcFqhCNQaGwVyjEyIymMqRF7VxeuPXU65X93SgoB8y2UQLjWxG3rm1UnuDrvX96MV1cgND3AFlEC1yCkyf0CoQ/s1600/mad+max.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="172" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4JQx5J0mKCGQ-XeMs93DJvWh1kFTzrmQiaWOi2dXjGwNJIz57W7NeYcFqhCNQaGwVyjEyIymMqRF7VxeuPXU65X93SgoB8y2UQLjWxG3rm1UnuDrvX96MV1cgND3AFlEC1yCkyf0CoQ/s400/mad+max.jpg" width="400" /></a></div>
<br /></div>
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Acontece muito raramente, mas às vezes o cinemão acerta em cheio. Tem a ver com uma série de coisas que, no conjunto da obra, tornam o filme um clássico instantâneo. Nesse caso, podemos culpar a Furiosa, a fotografia estonteante ou os efeitos especiais que, de tão orgânicos, precisaram de todo um Cirque Du Soleil pra serem feitos.</div>
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<b>PS</b>: Dessa vez não vou prometer que em 2016 atualizarei o blog mais vezes, porque todo ano prometo e o número de posts só cai. Só vou desejar um feliz ano novo mesmo.</div>
Gabriel Leitehttp://www.blogger.com/profile/01670403775407029565noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-15417417863539056.post-1008862637207006502015-12-31T15:23:00.001-02:002015-12-31T15:36:36.983-02:00Os Melhores Álbuns de 2015<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWnAo9amRurU12vxoiA1LSpKbN6xzwIYnlXPzhXbjfqPMuzqvexmkyf0ydFfkAXLuYAKtG5RFuFdqv7ETWwwRt8CoVcGxCg3YVJiqMTeZL1lLafEo5Npu6nxaym8I9aCap8ub2Zr8BFA/s1600/r5qnvvrnxh7gzwzi0b3i.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="257" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWnAo9amRurU12vxoiA1LSpKbN6xzwIYnlXPzhXbjfqPMuzqvexmkyf0ydFfkAXLuYAKtG5RFuFdqv7ETWwwRt8CoVcGxCg3YVJiqMTeZL1lLafEo5Npu6nxaym8I9aCap8ub2Zr8BFA/s400/r5qnvvrnxh7gzwzi0b3i.jpg" width="400" /></a></div>
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Às vezes eu acho que só passo o ano inteiro ouvindo música e vendo filme pra poder fazer essas listas de fim de ano. Como eu amo! E 2015 está de parabéns! Que ano pra música brasileira! Que ano pra música internacional! O povo arrasou tanto, que eu tive de deixar de fora do top 10 umas coisas tipo o CD novo da Adele ou do Justin Bieber (ou da ex do Justin Bieber), Lana Fucking Del Rey, Alice Caymmi, Caetano e Gil... Sabe? Não foi fácil. De qualquer forma, esses álbuns que escolhi foram aqueles que conseguiram me fazer sentir coisas novas sobre assuntos antigos ou coisas antigas sobre assuntos novos.</div>
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<br /></div>
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10 - <b>Cheers to the Fall</b>, Andra Day<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1mznsG5ZKb4kjcLiYKU2pFubakCPwrroOQ-3AlGdaA5TpqdoboHTYpWITjszUxSAr2-V6sRX-mqIjao0GgLTlf8LKNL5dJMmZN_L_OUd85yLU_wGKTtxtvW2YNpsYsIngSntk6rqlFA/s1600/Andra-Day.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1mznsG5ZKb4kjcLiYKU2pFubakCPwrroOQ-3AlGdaA5TpqdoboHTYpWITjszUxSAr2-V6sRX-mqIjao0GgLTlf8LKNL5dJMmZN_L_OUd85yLU_wGKTtxtvW2YNpsYsIngSntk6rqlFA/s400/Andra-Day.jpg" width="400" /></a></div>
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Independente do álbum ser um brinde à queda, cheio de emoções exacerbadas e cara de dor-de-cotovelo, a voz de Andra Day nunca nos deixa de fato cair. Ela segura as notas, suspende o tom e eleva a dramaticidade da letra com uma suavidade que só é possível a quem tem, ou muita técnica, ou muito talento.</div>
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<br /></div>
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Ouça <a href="https://www.youtube.com/watch?v=ej2Td1mKeoQ">City Burns</a> e tente não arrepiar no refrão.</div>
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9 - <b>To Pimp a Butterfly</b>, Kendrick Lamar</div>
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<br /></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxgXVfwfUlay4rhrJSnKoh14K9GXGI95ZJ97zkkw6LZUvK70IEQ4OJzrZ82E3k1sMsRyA-ogq2wBdHDD6eULQ3fpVXcheQpwH1mVI-mLgRNOmM70jgYDCb5zCGfKAKJVjTHTYNJywOwg/s1600/1740022360.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxgXVfwfUlay4rhrJSnKoh14K9GXGI95ZJ97zkkw6LZUvK70IEQ4OJzrZ82E3k1sMsRyA-ogq2wBdHDD6eULQ3fpVXcheQpwH1mVI-mLgRNOmM70jgYDCb5zCGfKAKJVjTHTYNJywOwg/s400/1740022360.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Pode ganhar o Grammy no ano que vem, mas, considerando o tom de revolta de todos os raps e o quão abusado esse Kendrick Lamar é no seu segundo álbum, acho pouco provável. Deveria. Fiquei impressionado com o sucesso que pode fazer um disco absolutamente não comercial e anti-pop, o que mostra que o problema não é mesmo o público, que engole o lixo, infelizmente, porque é a única coisa que tem.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ouça <a href="https://www.youtube.com/watch?v=_ZTYgq4EoRo">For Free? (interlude)</a> e entenda por que este pau não é grátis.</div>
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<br /></div>
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8 - <b>Uma Temporada Fora de Mim</b>, Hélio Flanders</div>
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<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHLvYkxeIvBCEQkZNdPypLFRE6scevLeUlY2yMj19h9zDX-EfhZUVFliaHtRpHfD4_N4A9fryQ6pYWGLly81fquwmhrZJ6ETCeaB7XSRz2AZWg7D3MWbBja0JK_2nGgaUW-lVwfy9mtQ/s1600/1280x1280.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHLvYkxeIvBCEQkZNdPypLFRE6scevLeUlY2yMj19h9zDX-EfhZUVFliaHtRpHfD4_N4A9fryQ6pYWGLly81fquwmhrZJ6ETCeaB7XSRz2AZWg7D3MWbBja0JK_2nGgaUW-lVwfy9mtQ/s400/1280x1280.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Porque às vezes você passa uma meia dúzia de semanas completamente alheio a tudo aquilo que pensava ser você. Ainda bem que existem coisas como o primeiro CD solo do vocalista do Vanguart pra te lembrar que morrer de amor nunca vai ser banal.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ouça <a href="https://www.youtube.com/watch?v=EfX75pZR3Qk">Romeo</a>, que ele fez com o Thiago Pethit e os dois gravaram nos seus respectivos álbuns.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
7 - <b>Delírio</b>, Roberta Sá</div>
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<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqqBEn2cOYSP9xJPgnPhxAAxOPQvnTQloBqsgThX1cmvUn6YlCTLXjoMBSiZjc1W2xi023bNGcnZXBHMF5Rq8YdV2qQY-IfqcTNqXFmwSsBSQeLZgWGW403ytyUgkiJHPTI0WhJJ3_Bw/s1600/1368_1_20151002152840.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqqBEn2cOYSP9xJPgnPhxAAxOPQvnTQloBqsgThX1cmvUn6YlCTLXjoMBSiZjc1W2xi023bNGcnZXBHMF5Rq8YdV2qQY-IfqcTNqXFmwSsBSQeLZgWGW403ytyUgkiJHPTI0WhJJ3_Bw/s400/1368_1_20151002152840.jpg" width="400" /></a></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ela irradia todas as cores e finalmente volta a fazer um CD daqueles que a gente não consegue parar de ouvir. Os últimos dois álbuns da Roberta Sá não estavam indo por um caminho que me agradava muito, mas agora ela voltou. E parece que voltou melhor? O samba que Roberta Sá faz em Delírio é não só maduro e refinado como também contagiante.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ouça <a href="https://www.youtube.com/watch?v=K5WgoiYptnQ">Delírio</a> e, se der tempo, <a href="https://www.youtube.com/watch?v=hOdUQXe2PY0">Se For Pra Mentir</a>, que ela gravou com ninguém mais ninguém menos que Chico Buarque de Hollanda.</div>
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<br /></div>
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6 - <b>Pedaço Duma Asa</b>, Mariana Aydar</div>
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<br /></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHyoNc5G37rh1wiBal07KuFjMwt3QVo0uH20akWpLUZSOB8h2Dljp6cPk8sDNxxGQejlvjjTgukxA53Q_uhwsTWr-aHrK8ewykjqa0BUmgyLIkHr2Un47SxLPxRiyYyi-wK54vGAOLmQ/s1600/ca218082015gz183102-3953321.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHyoNc5G37rh1wiBal07KuFjMwt3QVo0uH20akWpLUZSOB8h2Dljp6cPk8sDNxxGQejlvjjTgukxA53Q_uhwsTWr-aHrK8ewykjqa0BUmgyLIkHr2Un47SxLPxRiyYyi-wK54vGAOLmQ/s400/ca218082015gz183102-3953321.jpg" width="400" /></a></div>
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<br /></div>
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É difícil falar de álbuns como esse quarto da Mariana Aydar. Ele não consegue ser feliz, muito menos triste, ao mesmo tempo em que atinge picos de pura melancolia e outros de intenso desbunde. O baião continua ali, um samba alternativo, uma espécie de música popular brasileira regional urbana (?). Infelizmente as palavras não chegam onde Mariana está.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ouça <a href="https://www.youtube.com/watch?v=7F5c02P4JnI">Isso Pode</a>, antes que não possa mais.</div>
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<br /></div>
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5 - <b>Beauty Behind the Madness</b>, The Weeknd</div>
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<br /></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZNil2CmnZPKFsme6ESB78htSKu3egNLj368OCxHnUfHC2vmyBq8QH-g4gBB5F8WOSn6JqOkMHCuCq2_fGxXOu9qYPZp9p5VrhSnZ-LL73G3BazYV-Cqy45zf9G8-bVtaGf_pSwQQ9Tw/s1600/The-Weeknd-Beauty-Behind-The-Madness.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZNil2CmnZPKFsme6ESB78htSKu3egNLj368OCxHnUfHC2vmyBq8QH-g4gBB5F8WOSn6JqOkMHCuCq2_fGxXOu9qYPZp9p5VrhSnZ-LL73G3BazYV-Cqy45zf9G8-bVtaGf_pSwQQ9Tw/s400/The-Weeknd-Beauty-Behind-The-Madness.jpg" width="400" /></a></div>
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<br /></div>
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Não sei de onde veio esse menino com cabelo de espanador, mas que ele chegou chamando a atenção não podemos negar. Imagino que não devem ter tocado outra coisa na balada, mas como quase não saí de casa esse ano, a única coisa que posso garantir é que aqui em casa tocou bastante. Sabe música pra quando seus amigos estão reunidos e você quer impressioná-los com um ótimo gosto musical (e ainda assim, animar a festa)? É esse o tipo de música que você põe.</div>
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<br /></div>
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Ouça <a href="https://www.youtube.com/watch?v=yzTuBuRdAyA">The Hills</a>, pra sentir o peso.</div>
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<br /></div>
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4 - <b>#1</b>, Jaloo</div>
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<br /></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWwSskSt-v4Gnt6c2df-g6SCJpN_-FBwaa03N3hulhkcZpXHwLs0fDQIMOpTZPNf_oRm559vicicE8HBp4MmJTArDWxRwaYKAN5iU0yRxsbUTReF44pyfU47FsM9xajs_EQphyphenhyphenyZGUvA/s1600/1400x1400sr.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWwSskSt-v4Gnt6c2df-g6SCJpN_-FBwaa03N3hulhkcZpXHwLs0fDQIMOpTZPNf_oRm559vicicE8HBp4MmJTArDWxRwaYKAN5iU0yRxsbUTReF44pyfU47FsM9xajs_EQphyphenhyphenyZGUvA/s400/1400x1400sr.jpg" width="400" /></a></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Essa bicha paraense deu o nome (é jota, ah, éle, oh, oh...) e fez uma coisa que quase não existe na música brasileira: um álbum alternativo completamente acessível, com letras lindas, arranjos originais e toda uma vibe eletro-disco pra dançar na sala com uma catuaba na mão.</div>
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<br /></div>
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Ouça <a href="https://www.youtube.com/watch?v=I9WJPfzOs9A">Last Dance</a> quando a festa estiver acabando.</div>
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<br /></div>
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3 - <b>But You Caint Use My Phone</b>, Erykah Badu</div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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A voz mais sexy do R&B resolveu se amigar do menino Drake e os dois fizeram uma sessão de Hotline Bling. Depois Ms. Badu lançou essa mixtape de 14 canções que só falam de telefone (Hello, Adele, você não está sozinha on the other side, parece que todos nós estamos). É claro que me fez pensar em como nossas relações atuais são intermediadas por esse grande viveiro de germes que é o telefone. Como todas as boas e as péssimas notícias vêm dele. As piores brigas, os melhores flertes... E agora também parece que as melhores músicas.</div>
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<br /></div>
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Ouça <a href="https://www.youtube.com/watch?v=KXGqHYNTNHU">Hello</a>, uma parceria da Badu com o André 3000 (que faz rap de um jeito que deixa a gente totalmente sem fôlego)</div>
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<br /></div>
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2 - <b>Dancê</b>, Tulipa Ruiz</div>
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<br /></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7onS3AEYM80_SmFA89-bqadi6OSjoZfJLhwdghHMhbCv09RvK3kcawbDAhzfYNF1hJvxqHpxX_KrGfSn19_CBbI_cJgMysbk5QdG4i8Y8d2CeNLZcl2SD6RR1DmAnqi3yrzpP-5i-KQ/s1600/1400x1400bb-100.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7onS3AEYM80_SmFA89-bqadi6OSjoZfJLhwdghHMhbCv09RvK3kcawbDAhzfYNF1hJvxqHpxX_KrGfSn19_CBbI_cJgMysbk5QdG4i8Y8d2CeNLZcl2SD6RR1DmAnqi3yrzpP-5i-KQ/s400/1400x1400bb-100.jpg" width="400" /></a></div>
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<br /></div>
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Foi o álbum que me salvou do inferno astral. Era maio, eu estava enjoado de tudo o que costumava me fazer feliz, jogado na sarjeta, e ouvir Tulipa Ruiz dizer que "começou! Agora você vai tomar conta de si!" me deu forças para levantar da cama, aprender a puxar o próprio cabelo e ir à luta. O disco inteiro é de um astral contagiante, letras espertas e vários daqueles agudos extremos que só a Tulipa sabe dar.</div>
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<br /></div>
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Ouça <a href="https://www.youtube.com/watch?v=eXR0-07XyKE">Físico</a>, mas com o volume bem alto.</div>
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<br /></div>
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1 - <b>My Garden</b>, Kat Dahlia</div>
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<br /></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8vN41dLV47Z3ruKTlfB5xVIDfBwQ1DRkscA9o6HEgx5WFzAYX4kKam6Cgqv6E4gF4Ika_jTMa66TMkrP4I8DtrYmZQ6FS0cdg5ASPEfRQPfChExKIpYvTeOAfy7UbLkK8JnJpuj450Q/s1600/Kat-Dahlia-My-Garden-2015-1200x1200.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8vN41dLV47Z3ruKTlfB5xVIDfBwQ1DRkscA9o6HEgx5WFzAYX4kKam6Cgqv6E4gF4Ika_jTMa66TMkrP4I8DtrYmZQ6FS0cdg5ASPEfRQPfChExKIpYvTeOAfy7UbLkK8JnJpuj450Q/s400/Kat-Dahlia-My-Garden-2015-1200x1200.png" width="400" /></a></div>
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<br /></div>
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Uma das coisas mais inexplicáveis da vida é ninguém conhecer essa mulher. Sério, ninguém, nenhum amigo ouviu falar, ela não toca em lugar nenhum! Às vezes eu acho que vivo numa espécie de universo paralelo onde uma gringa de descendência cubana lança em janeiro um álbum de rap, cheio de pop e tambor, e até dezembro esse álbum permanece na biblioteca de todo mundo, sendo reproduzido várias e várias vezes, nunca esquecido, a ponto de figurar não apenas nas listas de melhores do ano, mas frequentemente assumindo a primeira posição do ranking.</div>
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<br /></div>
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Ouça <a href="https://www.youtube.com/watch?v=tXLEqYjettw">Lava</a> e finalmente conheça a mulher que ninguém conhece.</div>
</div>
Gabriel Leitehttp://www.blogger.com/profile/01670403775407029565noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-15417417863539056.post-20412161327925522322015-09-21T10:51:00.000-03:002015-09-23T01:48:27.550-03:00Carta de Ódio<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://pmcdeadline2.files.wordpress.com/2015/02/mad-men-season-7.jpg?w=970" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="298" src="https://pmcdeadline2.files.wordpress.com/2015/02/mad-men-season-7.jpg?w=970" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E quando a gente achou que já tinha superado a HBO, vem esse Emmy absurdo, dando o prêmio de melhor série dramática pra Game of Thrones no ano em que Mad Men chegou ao fim. Não tenho nada contra Game of Thrones, muito pelo contrário, mas não consigo aceitar que Mad Men perca um único prêmio sequer; imagina na sua temporada final? Principalmente depois de se manter impecável, linda e profunda por seis ou cinco longos anos.</div>
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<br /></div>
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</div>
<div style="text-align: justify;">
Quando a Netflix começou a aparecer com House of Cards e Orange is the New Black, muita gente achou que vinha aí uma nova HBO: superproduções caprichadas, elencos afiados, realismo, muito sexo e violência... e, por uma questão de comodismo, é bem provável que ainda venha mesmo (o mundo está cada vez mais preguiçoso, acho que quem entender isso primeiro fica mais rico. Ninguém quer realizar qualquer tipo de esforço pra ver séries, nem esperar uma semana pelo próximo episódio, a paciência acabou).</div>
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<br /></div>
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</div>
<div style="text-align: justify;">
Apesar disso, são décadas fazendo boa televisão e muito dinheiro envolvido. É um monopólio que não desaparece fácil. Ontem a minissérie que ninguém viu, Olive Kitteridge, também da HBO, passou o rodo. Game of Thrones fez o mesmo. Deixou um espacinho para Jon Hamm ser maravilhoso como melhor ator de drama, subir no palco e nos lembrar aquela trajetória em queda-livre.</div>
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<br /></div>
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<div style="text-align: justify;">
Mad Men trouxe algo de literário pra televisão americana. É o tipo de série que você precisa assistir bastante antes de falar qualquer coisa. É um livro grande onde tudo se transforma, ao mesmo tempo em que tudo permanece igual. Parece a vida.</div>
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<br /></div>
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A culpa é dos roteiristas, em primeiro lugar, do elenco, em segundo, e da parte técnica em terceiro. Todos impecáveis. Enquanto eu acompanhava uma temporada de Mad Men, era comum passar o dia ouvindo Nancy Sinatra; era difícil não beber o dobro ou fumar o triplo. Era comum parar no meio de um ônibus, ou entre duas atividades boçais, e me pegar pensando na Peggy, no Pete, na Betty, no Don... Era difícil lembrar que aquilo tudo era só uma série. Não precisava se angustiar pela vida deles, nem fumar o triplo, nem escrever um texto inteiro só pra falar que devia ter ganhado o Emmy.</div>
Gabriel Leitehttp://www.blogger.com/profile/01670403775407029565noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-15417417863539056.post-42282712191185497252015-07-11T00:18:00.000-03:002015-07-11T00:18:57.573-03:00O Primeiro Avião Com Destino à Felicidade<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqi-1zgygkt14iOWUXLUpCxOkPw7AfH5Z4ZjZIfL_jWgYFai9RhzzJXrQqAs0jyaNuJec_kq_UDKPGMtIkP5GyyZRP0vU4gqHfn8eC31V-fsJYw4SolRiSxcN7QZHUmTtEuUKP_fMWDQ/s1600/tumblr_mzauaub0Mk1szqld2o1_1280.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqi-1zgygkt14iOWUXLUpCxOkPw7AfH5Z4ZjZIfL_jWgYFai9RhzzJXrQqAs0jyaNuJec_kq_UDKPGMtIkP5GyyZRP0vU4gqHfn8eC31V-fsJYw4SolRiSxcN7QZHUmTtEuUKP_fMWDQ/s400/tumblr_mzauaub0Mk1szqld2o1_1280.jpg" width="400" /></a></div>
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<br /></div>
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Em 2013, pela primeira vez na vida, comemorei meu aniversário num bar. Antes disso eu era mórmon e me contentava com o jantarzão em família. Um ano Pizza Hut, no outro Outback... Não me entenda mal. Eu amava esses jantares de aniversário (e amo até hoje), mas só em 2013 comecei a fazer o que todos os meus amigos já faziam desde a sexta série: uma festa pros amigos e outra pra família.</div>
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<br /></div>
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O bar que eu tinha escolhido ainda é o meu preferido da cidade. Ele é um pouco metido à besta e mal frequentado (e por mal frequentado, entende-se cheio de gente bonita), mas foi o primeiro bar que eu conheci que oferecia narguilé e eu sou extremamente apegado às primeiras coisas que conheço: a primeira promoção do McDonald's que me deixou satisfeito; o primeiro cinema que me proporcionou uma experiência digna... costumo ficar preso pra sempre a essas coisas que, de um modo mais espiritual, me tiraram a virgindade.</div>
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<br /></div>
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Não sei como ficam os bares de narguilé com essa nova lei anti-fumo, mas o Hookah naquela época era bastante liberal. Se pode fumaça sabor morango, pode também fumaça de Malrboro, de Souza Paiol e, seguindo um pouco adiante, pode até uma fumaça de um tipo mais interessante.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Já passavam das duas da manhã e o bar continuava cheio. Todas as mesas já se conheciam suficientemente bem (já tínhamos nos trombado bastante entre uma mijada e outra) e eu não lembro como começou (não sei se da minha mesa ou se da mesa ao lado), mas quando dei por mim duas ou três pessoas cantavam juntas "Em vez de você ficar pensando nele... em vez de você viver chorando por ele..." e aí fui eu que não aguentei e entrei no coro "pensa em mim!, chora por mim!, liga pra mim, não, não liga pra ele..." e as vozes foram se somando... Agora ninguém conseguia mais se segurar e o bar inteiro era um imenso coral de bêbados. "Vamos pegar o primeiro avião... com destino à felicidade... A felicidade... pra mim é você!". Que sintonia! Que momento, amigos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Assim como a primeira McOferta que encheu de verdade e a primeira marca de desodorante que deu certo, sinto que estarei preso pra sempre a esse primeiro coral de bêbados.</div>
Gabriel Leitehttp://www.blogger.com/profile/01670403775407029565noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-15417417863539056.post-3389744437466587152015-05-24T20:33:00.001-03:002015-05-24T20:37:10.657-03:00Longa História de um Blog Abandonado<div style="text-align: justify;">
Blogs abandonados duram muito, se não pra sempre. Um blog abandonado não cobra e nem te deixa culpado. O máximo que pode acontecer é ele continuar a ser um blog abandonado. Agora se ele fosse um blog com atualizações diárias, semanais, quinzenais... mensais, que fosse... ainda assim ele não duraria tanto quanto um blog abandonado. Porque o sentimento de frustração, quando você precisar manter o ritmo e não conseguir (ou não estiver a fim), e a irritação de ficar arrastando uma coisa que não te dá dinheiro, não muda os seus problemas, não te faz ficar famoso e nem te faz ter mais amigos, mas, em vez disso, te enche de culpa, é justamente o que vai matar seu blog cheio de posts.</div>
Gabriel Leitehttp://www.blogger.com/profile/01670403775407029565noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-15417417863539056.post-44736485518431935652015-04-20T01:35:00.000-03:002015-04-20T01:35:47.155-03:00Breve História de um Souza Paiol<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJWTtVMB4jT6Y1R25YenTx5X2JPVd6LM16w7dw2FaY6MtfK_NO330gtABFdGKzlNd5HjqoU6CAO5-AeimAyCK_R3Ug9cdGemHWPUNfKAMLOSg77eWbidM5yQdNsxyZXfzyVPV0gJYS8A/s1600/IMG_6334.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJWTtVMB4jT6Y1R25YenTx5X2JPVd6LM16w7dw2FaY6MtfK_NO330gtABFdGKzlNd5HjqoU6CAO5-AeimAyCK_R3Ug9cdGemHWPUNfKAMLOSg77eWbidM5yQdNsxyZXfzyVPV0gJYS8A/s1600/IMG_6334.JPG" height="400" width="400" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAZ4ALzaIAvhX6sO9IEPD-vNdEJsuTSxc8k-B_K4rSq5ntCXRIu7-dtdSHl3hMATcDzm5MX51YmVkvwDpomXL-o92dFswCcLFOe5IOL-UeFXnBv5CQETW3u-wfQF81WLpZSR0wU6GlJQ/s1600/IMG_6336.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAZ4ALzaIAvhX6sO9IEPD-vNdEJsuTSxc8k-B_K4rSq5ntCXRIu7-dtdSHl3hMATcDzm5MX51YmVkvwDpomXL-o92dFswCcLFOe5IOL-UeFXnBv5CQETW3u-wfQF81WLpZSR0wU6GlJQ/s1600/IMG_6336.JPG" height="400" width="400" /></a></div>
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhE2vojg5L-z5Z9bAzdqAdeKZhuVgO5q-wYNpQqcYAW6V7Hoe3wFHG4oqHrqb1OawxPJvYDchkyM8MxiblYaZHk1iaKJ7kIinRSJWtu7izcQ6gBJ6CnHjxk3zU-T_ENc5yddGvLizERcg/s1600/IMG_6335.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhE2vojg5L-z5Z9bAzdqAdeKZhuVgO5q-wYNpQqcYAW6V7Hoe3wFHG4oqHrqb1OawxPJvYDchkyM8MxiblYaZHk1iaKJ7kIinRSJWtu7izcQ6gBJ6CnHjxk3zU-T_ENc5yddGvLizERcg/s1600/IMG_6335.JPG" height="400" width="400" /></a></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgEX6pAxS_UTuLXTl1CRq1jS3YHM08oaDOaTgRxdyIRuIfuYRpwL7_1oB7g9bKArnQZ10NYsYQDU9ccbs45V85ZWend5XHcw08-loGTLLUP_l59iWUabrR9Ns-2P40fSNX7JQ9m7RA2A/s1600/IMG_6339.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgEX6pAxS_UTuLXTl1CRq1jS3YHM08oaDOaTgRxdyIRuIfuYRpwL7_1oB7g9bKArnQZ10NYsYQDU9ccbs45V85ZWend5XHcw08-loGTLLUP_l59iWUabrR9Ns-2P40fSNX7JQ9m7RA2A/s1600/IMG_6339.JPG" height="400" width="400" /></a></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXLtm1iTXT6oH9tLFEjy89tOM3evg8nLICdhFCJdsIQgHI37BRIfkxA73aoEn8eyVFmCBYDqljZQweEbywfCeaA8-TNgoJZDD67zM3olbleKZx8AtfHY4an8EaeZ7MQMvdiCIRcZPQtg/s1600/IMG_6337.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXLtm1iTXT6oH9tLFEjy89tOM3evg8nLICdhFCJdsIQgHI37BRIfkxA73aoEn8eyVFmCBYDqljZQweEbywfCeaA8-TNgoJZDD67zM3olbleKZx8AtfHY4an8EaeZ7MQMvdiCIRcZPQtg/s1600/IMG_6337.JPG" height="400" width="400" /></a></div>
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Todas as fotos foram tiradas com a lente <a href="http://gear.hipstamatic.com/lenses/americana">Americana</a> e o filme <a href="http://gear.hipstamatic.com/films/freedom">Blanko Freedom13</a>.Gabriel Leitehttp://www.blogger.com/profile/01670403775407029565noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-15417417863539056.post-5565671190492219462015-03-29T16:51:00.000-03:002015-04-20T01:26:52.202-03:00I've been saving all my money for you...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.marina-news.net/images/news/2014/11/10808690_625011270954746_247079269_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.marina-news.net/images/news/2014/11/10808690_625011270954746_247079269_n.jpg" height="400" width="400" /></a></div>
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O diagnóstico que eu mesmo resolvi me dar foi: hipersensibilidade. Em outras palavras, tudo dói. Essa semana cheguei ao cúmulo de ficar mal por conta do cancelamento de um show para o qual eu nem ia. E isso só por ter cogitado a possibilidade de comprar o ingresso e as passagens e realmente ir pra um desses festivais de música. A gente passa a juventude vivendo uma ditadura meio velada dos grandes espetáculos. Todo mundo sabe que ingresso de show, passagem de avião, essas coisas, são investimento. Não se pode pagar por experiências, etc. Mas a verdade é que se pode pagar sim, e às vezes o preço é bem caro.
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Fiquei um pouco chocado com a capacidade que um único ser humano tem de ferrar com os planos de tanta gente. E nem acho que a tal Marina dos Diamantes tem lá muita culpa do que aconteceu. Provavelmente ela só trabalha com uma galera ruim de serviço, o que, querendo ou não, é culpa dela também. Enfim. O que não deu pra assimilar ainda foi o nível da frustração de um fã, desses bem adolescentes, que se planejam pra coisa com meses de antecedência, juntam os trocados todos, fazem das tripas coração para convencer os pais, se envolvem em um milhão de rolos para conseguir onde dormir, pagam transporte pro show, chegam cedo, ficam na fila, pintam a cara... tudo isso para ver uma mulher específica cantar na frente deles... e algumas horas antes da apresentação, pluft! Aparecem as notícias. Não vai ter show. Ela não vem, não conseguiu chegar a tempo... O voo foi cancelado. Já era.</div>
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Pra esse fã, que provavelmente não vai ter outra oportunidade de ver sua artista preferida, resta beber um bocado, tentar se divertir com os outros shows do festival, voltar pra casa e aceitar a atmosfera melancólica que vai estar pra sempre entranhada nas faixas de Froot.</div>
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<br />
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Anunciaram agora a pouco um show da Rihanna no Rock'n'Rio e me encontro atualmente ponderando e estudando a possibilidade de investir numa dessas incríveis perspectivas de frustração.</div>
Gabriel Leitehttp://www.blogger.com/profile/01670403775407029565noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-15417417863539056.post-58565878741318616442015-03-08T19:07:00.004-03:002015-03-08T19:07:33.276-03:00Butequim Salve Simpatia<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEij-Z7BWcnTS7lQ7ugmaZOs3Y-jvv5BOXd_db_Gt2rRfRZfWgfYv0KPMdlhh60KHExJ0z_3o4mXgYeiS7ea-6s4UCOeIXazlDOUGOuNR4BWsRX25jyg17zqqcP-CxtpZ56-AOybrRSumw/s1600/001.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEij-Z7BWcnTS7lQ7ugmaZOs3Y-jvv5BOXd_db_Gt2rRfRZfWgfYv0KPMdlhh60KHExJ0z_3o4mXgYeiS7ea-6s4UCOeIXazlDOUGOuNR4BWsRX25jyg17zqqcP-CxtpZ56-AOybrRSumw/s1600/001.JPG" height="400" width="400" /></a></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1rS9v-CR8smRaZYwgSTz40rdIxBCAZvt1OtfHMlGe5RUn92FnTW4XBAzOVa9E1SsfaG50z2l2mdN3U6wV5wjBqByxPbvyMT2XiEjOa-SPOR6YeGndGzj4jZ0-SIFUunUyc96UTKGPTA/s1600/008.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1rS9v-CR8smRaZYwgSTz40rdIxBCAZvt1OtfHMlGe5RUn92FnTW4XBAzOVa9E1SsfaG50z2l2mdN3U6wV5wjBqByxPbvyMT2XiEjOa-SPOR6YeGndGzj4jZ0-SIFUunUyc96UTKGPTA/s1600/008.JPG" height="400" width="400" /></a></div>
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Todas as fotos foram tiradas com a lente <a href="http://gear.hipstamatic.com/lenses/sergio">Sergio</a> e o filme <a href="http://gear.hipstamatic.com/films/maximus">Maximus LXIX</a>.Gabriel Leitehttp://www.blogger.com/profile/01670403775407029565noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-15417417863539056.post-91089132607112912602015-01-28T19:13:00.000-02:002015-01-30T14:48:40.338-02:00Como Você Consegue, Joana?<div style="text-align: justify;">
Depois de assistir Whiplash defini que realmente não tem jeito: se a gente quiser ser alguém nessa vida são necessários alguns sacrifícios tipo tirar sangue da mão de tanto treinar o mesmo movimento ou assumir a solteirice e o isolamento social necessários para o aperfeiçoamento da sua técnica. Aí resolvi me obrigar a escrever qualquer coisa que não seja trabalho acadêmico por pelo menos uma hora todos os dias, além de um tempo reservado pra escrever num arquivo que ainda chamo de diário mas que já virou uma espécie de joguinho masturbatório de estilos.</div>
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Considerando que reservar uma hora do seu dia pra treinar qualquer tipo de habilidade não é sacrifício em lugar nenhum do mundo, pode parecer que eu esteja sendo meio prepotente, achando que, por ter nascido com uma sintaxe natural mais evoluída, o que alguém levaria dias de treino e lapidação eu mataria em duas horas na frente da escrivaninha. Não. Não é bem isso. A verdade é que eu tô sendo bastante realista. Eu escrevo quando dá na telha (e não só quando dá na telha, mas quando dá na telha e eu tô em casa, com tempo disponível, computador disponível, etc) e isso não é o bastante. Pelo menos não segundo Bradbury e esse pessoal que ama tanto o ato de escrever que só passou a vida escrevendo e falando sobre como era mágico escrever, de uma forma meio guru (e pensando agora, a verdade é que quase todo escritor cai nesse ciclo víciosíssimo) e dizendo que você só vai ser bom realmente na coisa se fizer essa coisa uma porrada de vezes e experimentar formatos novos, assuntos desconhecidos, segredos profundos...</div>
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<br /></div>
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A ideia então é manter essa média de uma hora por dia por pelo menos dois meses seguidos (se ficar um dia sem escrever, começa tudo de novo) e só aí ir aumentando progressivamente o tempo de dedicação até virar um monge literário.</div>
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<br /></div>
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A partir desse ponto confesso que nem minha mania de programação doentia conseguiu dar conta. Porque o tempo não existe. Não tenho tempo. (Ninguém tem, eu sei, mas eu não tenho mesmo!) Eu caí no erro tremendo de ser do tipo de gente que é um pouco bom em muitíssimas coisas e não do tipo de gente que é muito bom em pouquíssimas coisas (ou ainda do tipo de gente que é o melhor em apenas uma coisa - o tipo certo) e isso atrasa tudo, porque eu me enfio numa verdadeira zona artística (tanto no sentido da bagunça quanto no sentido da putaria), sem saber se compro uma máquina fotográfica ou entro pra aula de canto.</div>
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<br /></div>
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Fora a pretensão dessa coisa toda de querer ser artista, ainda tenho que lidar com a minha natureza de consumidor insaciável. Antes de querer ser um fazedor de livros, filmes e músicas eu já queria consumí-los todos. Eu já era fascinado por eles (e esse fascínio é tão grande que até hoje alimenta minha inspiração) e acho que o dia em que eu não conseguir mais sentir alguma coisa com um conto, um romance ou um poema, aí realmente eu não vou ter mais forças pra continuar. Então manter esse fascínio é mais que uma boa estratégia, é uma questão de sobrevivência. É preciso me alimentar com estímulos que justifiquem meu esforço para produzir algo parecido. Daí a dificuldade de querer acompanhar uma indústria que solta material novo a cada segundo (e muito material novo!) e trata cada um desses novos lançamentos como obra de arte indispensável (que provavelmente ele não é, mas daí a você não querer ver com seus próprios olhos...).</div>
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<br /></div>
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Assinei a Entertainment Weekly, que era um sonho meu desde que eu lia a Set (uma revista de cinema já cancelada por falta de papel). A Set era meio tosca, mas era a única revista sobre filmes da banca que estava em português. Nunca me atrevi a comprar uma Entertainment Weekly. Primeiro que o preço cobrado por aquela revistinha mole de papel vagabundo aqui no Brasil chegava aos vinte e cinco reais e segundo que meu inglês é péssimo, mas naquela época era ainda pior. Hoje já dá. E, com iPad e esses aplicativos que simulam toda uma banca de jornal cheia de revista importada, famosa, independente, sem noção..., ninguém precisa mais gastar vinte dilmas num monte de papel grampeado (mas ainda precisa gastar dois obamas e noventa e nove cents, é verdade).</div>
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Como se não bastasse esse novo hobby de férias, ainda tenho o diabo de um app chamado Iba Revistas, que é a pior coisa que já inventaram (mas que continuo assinando por inércia e também pela possibilidade de ler todas as Super Interessantes lançadas até hoje). As Piauís nunca estiveram tão acumuladas; acho que estou terminando agora a edição de outubro.</div>
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<br /></div>
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Mas o problema da maioria dessas revistas é que elas, em vez de saciar seu desejo por informação e entretenimento, só fazem esse desejo aumentar, te indicando novos livros em edições de capa dura, blu-rays que vêm com todo o cenário do filme incluso, coletâneas de álbuns relançados em vinil e outros absurdos maravilhosos demais pra gente ignorar. Aí você vai ler um livro (que por si só já tem quase mil e duzentas páginas) e descobre que metade dessas páginas são referências a outras centenas de obras que, se você fosse esperto, já teria lido... Ou seja. Não tem a menor condição de viver num mundo assim.</div>
</div>
Gabriel Leitehttp://www.blogger.com/profile/01670403775407029565noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-15417417863539056.post-89868991890425367182014-12-31T23:56:00.001-02:002015-01-02T20:10:59.361-02:00Basicamente No Cinema Teve Muito Álcool<div style="text-align: justify;">
Obviamente que deixei pra fazer essa lista às 23h do dia 31 de dezembro, então vou ter que correr horrores e falar praticamente nada sobre cada filme, porque só tenho esse tempo da digestão de toda essa carne com champignon antes do céu começar a explodir. Desculpa a pressa, desculpa a falta de noção, obrigado pela visita e pode ficar tranquilo, que ano que vem a gente coloca os pingos nos "i"s.</div>
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<br /></div>
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10. <b>O Maravilhoso Agora</b></div>
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<br /></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipOKRta8geaZnLR7mtIQjAZll23Ey_6CTZxOJXDZrONEXA4sNfeGP6gdJ4SgBmVRRCkUtT9mEA46upA32j_VHfMHybVxYsUSHBC6kBeH1x5TerbeXG6LG8NSsF2pmI4LYqtzmbmV58jA/s1600/SCREEN-spectacularnow-2013-08-21T21-15-21-911518.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipOKRta8geaZnLR7mtIQjAZll23Ey_6CTZxOJXDZrONEXA4sNfeGP6gdJ4SgBmVRRCkUtT9mEA46upA32j_VHfMHybVxYsUSHBC6kBeH1x5TerbeXG6LG8NSsF2pmI4LYqtzmbmV58jA/s1600/SCREEN-spectacularnow-2013-08-21T21-15-21-911518.jpg" height="247" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A menina de A Culpa É das Estrelas fez esse filme de baixo orçamento, que foi selecionado pro Festival de Cannes e acabou caindo por acaso no meu HD. Conta um romance adolescente entre esse exemplo de garota e um jovem alcoólatra que vive pra lá e pra cá com seu copinho de canudo cheio de pinga e suco. Na metade do filme eu tomei um susto tão grande, que acho que só me recupero em 2015.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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9. <b>Boyhood</b></div>
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<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMVFzPvLWuA_dEnN1NHwZ7AvU1PxVQ6JHcg0Rwn2vrCHX98-0NKCMFBvAIQdsxfVbg0fJZ57mOqrKXed6JlYWmkOR7i9-VKF5qJP6ckLyIySnxKTJ6HbdMZHjGvoEihIzrkznz5ik99Q/s1600/14233-2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMVFzPvLWuA_dEnN1NHwZ7AvU1PxVQ6JHcg0Rwn2vrCHX98-0NKCMFBvAIQdsxfVbg0fJZ57mOqrKXed6JlYWmkOR7i9-VKF5qJP6ckLyIySnxKTJ6HbdMZHjGvoEihIzrkznz5ik99Q/s1600/14233-2.jpg" height="225" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E parece que foi mesmo o ano dos alcoólatras no cinema. Taí o pai do nosso menino Boyhood que não me deixa mentir. Que vilão detestável! Enquanto eu assistia, me subiu um ódio que eu não sentia no cinema há anos. Chegou a me fazer mal e tudo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
8. <b>Mommy</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgllp8qqb2abaRfTTqwqsJf5sPQ1U3vEdtwWCAnRbHGZp34GgGqsdSa9lwuIQzFhQMogdEeEVhHz8vH-tsTc8KYxrfbghVSd-EiyidoVwQK3kIA8RD00gVMFBtC6xeaYUSY0A-pLznIKw/s1600/Mommy_meio.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgllp8qqb2abaRfTTqwqsJf5sPQ1U3vEdtwWCAnRbHGZp34GgGqsdSa9lwuIQzFhQMogdEeEVhHz8vH-tsTc8KYxrfbghVSd-EiyidoVwQK3kIA8RD00gVMFBtC6xeaYUSY0A-pLznIKw/s1600/Mommy_meio.jpg" height="260" width="400" /></a></div>
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<br /></div>
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Xavier Dolan voltou a falar de maternidade, mas sem a euforia juvenil dos seus primeiros filmes. Mommy é uma narrativa consistente, muito bem contada e com atuações alucinadas de tão boas. Nunca imaginei que fosse quase chorar de beleza estética por conta de uma cena de selfie ou que fosse me divertir tanto com uma sequência de vinho na cozinha. Nem precisava ter Lana Del Rey nos créditos.</div>
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<br /></div>
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7. <b>O Congresso Futurista</b></div>
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<br /></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-UqE6RbmoGtg8Mr4rrAMxIMIIhU37k9IjnfM3jLw32sUDnpHuZmVzReyfRL2HYZBQBMMdhom9Ur0KucV55tbVWEcg3mB0A8mK0aeqUUE7gkFMaBj9-CAx3U8yj5qfwVaSjGYagy4VaA/s1600/BoxMD8JIEAEfQXX.jpg-large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-UqE6RbmoGtg8Mr4rrAMxIMIIhU37k9IjnfM3jLw32sUDnpHuZmVzReyfRL2HYZBQBMMdhom9Ur0KucV55tbVWEcg3mB0A8mK0aeqUUE7gkFMaBj9-CAx3U8yj5qfwVaSjGYagy4VaA/s1600/BoxMD8JIEAEfQXX.jpg-large.jpg" height="227" width="400" /></a></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Duas horas do mais puro lsd.</div>
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<br /></div>
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6. <b>Amantes Eternos</b></div>
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<br /></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiW4ZAkejODocdRSIuU9-f01YXOtQq32ne61PQbnABBcscvvk_jud7PIz_s_LfLmPHAZKbXatLbk2hb-RfH84HZrtZ3qJhyphenhyphenGjKnEliU2XXo5Rx3QaHslXshRneJqD8gnxS2opYtlxFJhQ/s1600/eve-onlyloversleftalilve.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiW4ZAkejODocdRSIuU9-f01YXOtQq32ne61PQbnABBcscvvk_jud7PIz_s_LfLmPHAZKbXatLbk2hb-RfH84HZrtZ3qJhyphenhyphenGjKnEliU2XXo5Rx3QaHslXshRneJqD8gnxS2opYtlxFJhQ/s1600/eve-onlyloversleftalilve.jpg" height="265" width="400" /></a></div>
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<br /></div>
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Esses não bebem álcool, mas neles o efeito do sangue é praticamente o mesmo. Não são os vampiros mais bonitos do cinema, mas certamente são os mais cultões. E tem a melhor cena final desses 10 filmes aqui tudinho.</div>
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<br /></div>
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5. <b>Joe</b></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Apesar de não suportar o Nicolas Cage, não tive o que fazer com ele e essa preciosidade chamada Joe, que quase ninguém viu, se não metê-los na quinta posição dos melhores do ano. O filme é bem cru, cheio de miséria e violência, mas seu maior trunfo está no trabalho do menino Tye Sheridan, que faz o filho de um alcoólatra terminal (outro pinguço, tô falando...) e mostra que talento é mesmo uma coisa deveras injusta e impressionante.</div>
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<br /></div>
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4. <b>Relatos Selvagens</b></div>
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<br /></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjq6jl4Lai2QFhZHHiJVKK0ORnylw8McsdX00UjNhzT37C8zx-iNCA26lWO4benV5cBEpbj_KlBW4FhI13krttoMzC8T-0Lm8gemH1vrUD73YvgVSpwiZXf5wqI4VgaG1KxR_whu1krhg/s1600/RELATOS-SELVAGENS.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjq6jl4Lai2QFhZHHiJVKK0ORnylw8McsdX00UjNhzT37C8zx-iNCA26lWO4benV5cBEpbj_KlBW4FhI13krttoMzC8T-0Lm8gemH1vrUD73YvgVSpwiZXf5wqI4VgaG1KxR_whu1krhg/s1600/RELATOS-SELVAGENS.jpg" height="200" width="400" /></a></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
É o representante argentino pro Oscar 2015 e reúne meia dúzia de histórias desesperadamente geniais, cheias de graça, sangue e peripécias do roteiro. Recomendo pra qualquer um que ainda tenha olhos.</div>
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<br /></div>
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3. <b>Versos de um Crime</b></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não sei se as atuações me impressionaram tanto quanto a montagem, mas, sem dúvidas, Versos de um Crime também me ganhou pela temática. É um thriller-literário-poético-gay, que te prende num universo de descobertas, encantamento e perigo tão deliciosamente bem esculpido que a última coisa que você quer fazer é sair.</div>
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<br /></div>
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2. <b>O Lobo de Wall Street</b></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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Scorsese enfiando o pé na jaca de um jeito tão lambuzado, que fica difícil andar depois. O filme te mata de rir: primeiro de incredulidade, depois de graça, mais tarde ainda, de nervoso.</div>
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<br /></div>
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1. <b>Ela</b></div>
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<br /></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEij_Tgpr6D6s4eOojsCfqr5Z6fVA4AucjwFNNQ50DYx6ikNHWrYGI7qUe4eOI_RtwTd1O330z2Zn5A9R7YD6y_t2fVfjK3sCy-p6EKmiwM3ioCYBYr6luFitaCQEaH-lKBRu9zTn4OSaw/s1600/WithComp.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEij_Tgpr6D6s4eOojsCfqr5Z6fVA4AucjwFNNQ50DYx6ikNHWrYGI7qUe4eOI_RtwTd1O330z2Zn5A9R7YD6y_t2fVfjK3sCy-p6EKmiwM3ioCYBYr6luFitaCQEaH-lKBRu9zTn4OSaw/s1600/WithComp.jpg" height="225" width="400" /></a></div>
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<br /></div>
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Que loucura o amor!</div>
Gabriel Leitehttp://www.blogger.com/profile/01670403775407029565noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-15417417863539056.post-33555024707070138702014-12-31T18:25:00.000-02:002015-01-02T20:01:22.793-02:00O Ano que Foi Metade Tiê e Metade Beyoncé<div>
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDdJMO9q4aDaDHRW4k4boXNqJkCex5H6caxy1REURFf4CPJahBEgs9Lv0kjxlG_bKaEZtlEKGq3CWAtxRzP_AI0OWbgwfhvkQddZFRZdlY26KKrVuczw2i38Jk8Wnq5-J2EFWuZaqQuQ/s1600/Beyonce-Gifs-Partition-13.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDdJMO9q4aDaDHRW4k4boXNqJkCex5H6caxy1REURFf4CPJahBEgs9Lv0kjxlG_bKaEZtlEKGq3CWAtxRzP_AI0OWbgwfhvkQddZFRZdlY26KKrVuczw2i38Jk8Wnq5-J2EFWuZaqQuQ/s1600/Beyonce-Gifs-Partition-13.jpg" height="225" width="400" /></a></div>
<br />
Passei o ano inteiro botando o blog de lado.</div>
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<br /></div>
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Sempre que eu via, lia ou ouvia alguma coisa mais ou menos digna de nota (pra quem ainda não percebeu, a única função desse espaço é reunir as coisas mais ou menos dignas de nota que vejo, leio e escuto), era dominado por uma preguiça sem nome, que fazia com que eu desistisse de qualquer tipo de compartilhamento e optasse enfim por guardar as tais coisas somente na memória.</div>
</div>
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<br /></div>
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Ano passado não teve Top 10 dos melhores do ano, o que me fez ter a sensação de que não vi nenhum filme em 2013. Resolvido a não repetir o erro este ano, mas, em vez disso, pagar por ele, fiz a lista dos dez melhores filmes de 2014 e, de lambuja, uma lista inédita de álbuns e singles preferidos (coisa que nunca tinha me sentido apto a fazer até agora).</div>
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<br /></div>
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2014 foi o primeiro ano que passei na companhia de uma assinatura Rdio e isso fez toda a diferença (mais uma vez fazendo publicidade de graça, como uma mula) porque, se antes eu levava horas pra baixar, organizar e colocar minhas músicas no iTunes, agora eu podia fazer tudo isso em segundos e ainda recebia notificações quando qualquer artista da minha biblioteca lançava alguma coisa nova. Acabei ouvindo cinco vezes mais música que em 2013 e o resultado desse ano com pouquíssimo silêncio você vê aqui:</div>
<div>
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<br /></div>
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10. <b>G I R L</b> - Pharrel Williams</div>
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<br /></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLILIhP9QePLH58el_CVeqvhrK87V2PCKfyLWbHQq5WKW0LDHXt4zaIgLibbnO5cZryYv4sr2kFeDJwvq7LHFmUg5GGEXTccmEGyHe81eCUj_kC2H-tiSN0d_WMsyKerzbYi7C5FxCaQ/s1600/20140304-1800-1393973366.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLILIhP9QePLH58el_CVeqvhrK87V2PCKfyLWbHQq5WKW0LDHXt4zaIgLibbnO5cZryYv4sr2kFeDJwvq7LHFmUg5GGEXTccmEGyHe81eCUj_kC2H-tiSN0d_WMsyKerzbYi7C5FxCaQ/s1600/20140304-1800-1393973366.jpg" height="397" width="400" /></a></div>
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<br /></div>
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Vindo de um ótimo 2013, quando emplacou Get Lucky com o pessoal do Daft Punk e finalmente se tornou conhecido pelo povão, Pharrel Williams aproveitou 2014 pra dar uma virada definitiva na carreira (e conseguiu, oras!). G I R L foi lançado bem no comecinho do ano e tem uma coleção de black music, cheia de swing, batuques e estalos infalíveis para provavelmente 80% das situações em que uma boa música faz diferença. Tá certo que ninguém mais consegue ouvir Happy, mas Come Get It Bae, por exemplo, eu tava ouvindo agorinha mesmo e dando as mesmas reboladinhas que dei o ano todo.</div>
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<br /></div>
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<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/UfGMj10wOzg" width="560"></iframe>
</div>
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<br />
9. <b>Rock'N'Roll Sugar Darling</b> - Thiago Pethit</div>
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<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Confesso que quando ouvi pela primeira vez tive uma opinião parecida com a da Nara, quando lhe mostrei os versos “doce como açúcar / explode na sua boca / vem chupar meu rock’n’roll": parece música da Xuxa, mas com putaria. E a verdade é que eu nem gosto de rock. O som de guitarras e amplificadores me excitam demais a ponto de me perturbar. Ano passado comecei a gostar de bateria, prestar mais atenção no instrumental das músicas e até mesmo a tolerar um ou outro chorinho de guitarra, mas nada que chegue perto do tanto de rock(!!!) que eu ouvi em 2014. E, claro, quando eu falo de rock, eu tô falando do meu limite aceitável de rock, que, sim, parece estar em evolução bastante íngrime até, mas ainda não chega perto de ultrapassar um Pato Fu ou uma Cássia Eller na fase média. Acontece que mesmo eu não gostando de rock e mesmo achando que o Thiago Pethit realmente tem certa inclinação a paquita, não resisti a uma segunda ouvida. Parece que comecei a entender que o cara estava cagando e andando pra tudo (no sentido da despretensão mesmo), que aquilo ali ele tinha feito num país distante, com pessoas não daqui, e que era o momento dele de chutar esse bode. O álbum é uma coisa safadíssima, cheia de trocadilhos infames e um instrumental ao mesmo tempo pesado (voz distorcida, tudo muito difícil de entender) e glamuroso (backing vocals, palminhas…), coisa que eu não tinha percebido tão bem à primeira audição. Acho que porque fiquei preso nas letras e, realmente, você também não deveria ir por esse caminho. Recomendo Vodoo, altamente viciante, e 1992, que é o tipo de música que eu gostaria de ter feito pra alguém.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/b4iI7_pOmxA" width="560"></iframe>
</div>
</div>
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<br /></div>
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8. <b>Sound of a Woman</b> - Kiesza</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8_HXR68C0Ksj9_NCX5hd8MJohUgHUhwWJdn8psJHRMnnrz56Vpk8NUEgs2jBwMHymgX7ESSy8w3iBtrlRLtTRFvXniPS2sgaIJA7CCyT_WK0vDrttzNT6BBhy4ymWnNWmo_q9XS1TEQ/s1600/Kiesza-Sound-of-a-Woman-2014-1500x1500.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8_HXR68C0Ksj9_NCX5hd8MJohUgHUhwWJdn8psJHRMnnrz56Vpk8NUEgs2jBwMHymgX7ESSy8w3iBtrlRLtTRFvXniPS2sgaIJA7CCyT_WK0vDrttzNT6BBhy4ymWnNWmo_q9XS1TEQ/s1600/Kiesza-Sound-of-a-Woman-2014-1500x1500.png" height="400" width="400" /></a></div>
<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
É o que aconteceria se a Madonna dos anos 70 fosse um pouco mais 'disco' e resolvesse lançar um álbum novo hoje, com toda a tecnologia disponível, etc. Kiesza faz música pra dançar (ela própria é uma dançarina super descolada, que adora ressuscitar uns passinhos que ficaram perdidos no tempo) e conquistou todo mundo com Hideway, que, penso eu, tocou em todas as academias do ocidente. E tome barulhinho de videogame pulsando na orelha, batidas eletrônicas retrô-modernizadas (ou moderna-vintagizadas), tome gritinhos e mais gritinhos de UH, AH, mesmas frases sendo repetidas à exaustão… e você só quer ficar ali, ouvindo uma atrás da outra e ressuscitando uns passinhos que ficaram perdidos no tempo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/ESXgJ9-H-2U" width="560"></iframe>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
7. <b>Coraçao a Batucar</b> - Maria Rita</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVvFn5I9gdyUoAMiGb3wKP6Cq8gM73e7X9VFLrP34dms4ldpws4bsmCpyvURXn4amV3CJRw_pyJTdc0R_8-22rJBRyFDKj8sAR3BHOPa4bu9zB6Gw-THEVQHwoGNm-bd5pQiomVmpI4g/s1600/capa_cd_MariaRita_divulgacao_140306.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVvFn5I9gdyUoAMiGb3wKP6Cq8gM73e7X9VFLrP34dms4ldpws4bsmCpyvURXn4amV3CJRw_pyJTdc0R_8-22rJBRyFDKj8sAR3BHOPa4bu9zB6Gw-THEVQHwoGNm-bd5pQiomVmpI4g/s1600/capa_cd_MariaRita_divulgacao_140306.jpg" height="400" width="400" /></a></div>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Teve Copa sim e também foi horrível, nos golearam, nos humilharam, cuspiram na nossa cara etc, mas a gente é brasileiro, claro, e não desiste nunca. Eu, particularmente, aproveitei o CD novo da Maria Rita (o segundo só de sambas) pra curar essa dor de tom tão canarinho O CD segue um ritmo impressionante, pendendo pra porta-bandeira e mestre-sala diversas vezes. Fala de samba, de natureza, de Brasil, tem Maria Rita cantando absurdos e eu te desafio a ouvir No Mistério No Samba sem dar pelo menos uma quebradinha.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/dyPSn648FNk" width="560"></iframe>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
6. <b>The New Classic</b> - Iggy Azalea</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRGAGu7JQ-5-_jKVbgcWEeySzGxNR8gkxsNZGUFc9XOlKHP4yN5SrwyaXBTwXxD2HfdFwGBk5vVHFwZRNnODV7aXtzcKKBKxSI4G0U-jZ-3hhMc7Dn5cNipBWSJLqeNP3EQSCzXePFfQ/s1600/res_94952e347898a88021ec20ee0dfac1ed.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRGAGu7JQ-5-_jKVbgcWEeySzGxNR8gkxsNZGUFc9XOlKHP4yN5SrwyaXBTwXxD2HfdFwGBk5vVHFwZRNnODV7aXtzcKKBKxSI4G0U-jZ-3hhMc7Dn5cNipBWSJLqeNP3EQSCzXePFfQ/s1600/res_94952e347898a88021ec20ee0dfac1ed.jpg" height="320" width="320" /></a></div>
<br /></div>
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Deixa a branca fazer o rap dela.</div>
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<br /></div>
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<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/_zR6ROjoOX0" width="560"></iframe>
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<br />
5. <b>Olhos de Onda</b> - Adriana Calcanhotto</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwo2qgr55_0YLC13yXxHYgUFBeUH97qyEh9OHv9e02O9EXzHiyJMH3sZHnHoltySEzqr7-l-HDYgcjwUawsxl1ggL8eoBeogstuGl6EZ4gUhOsPnF2B-StOO5mrAs_P0B_0uFacnld6Q/s1600/119466561SZ.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwo2qgr55_0YLC13yXxHYgUFBeUH97qyEh9OHv9e02O9EXzHiyJMH3sZHnHoltySEzqr7-l-HDYgcjwUawsxl1ggL8eoBeogstuGl6EZ4gUhOsPnF2B-StOO5mrAs_P0B_0uFacnld6Q/s1600/119466561SZ.jpg" height="400" width="400" /></a></div>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Simplesmente a melhor gravação ao vivo que ouvi em muito tempo. Já falei sobre a tristeza absurda desse disco <a href="http://amortemecaibem.blogspot.com.br/2014/05/ela-anda-tao-triste.html">aqui</a>, mas a verdade é que Olhos de Onda é um álbum muito simples. São vinte músicas, uma atrás da outra, cantadas e tocadas pela Adriana Calcanhotto num show no Rio de Janeiro. O que faz diferença mesmo é o repertório. Que repertório! Tenho quase certeza de que ela canta pra uma mulher só.<br />
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/XummLdCo0Ek" width="560"></iframe>
</div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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4. <b>My Favourite Faded Fantasy</b> - Damien Rice</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mais uma tristezinha em forma de álbum que me acompanhou por muitos dos momentos de ansiedade e desespero de 2014. Damien Rice é meu cantor vivo preferido (pau a pau com Chico, se considerarmos o mundo todo), certamente o da voz mais bonita, e desde 2007 não lançava nada. Agora, se antes suas canções folks já indicavam certa danação emocional, com My Favourite Faded Fantasy Damien Rice atinge o lugar mais sombrio do poço. E é lá de baixo, numa sombra formada por outras sombras maiores, que ele chora um amor que, se algum dia ele teve, já não tem há muito tempo.</div>
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<br /></div>
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<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/FnzHOsiaJns" width="560"></iframe>
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3. <b>Ultraviolence</b> - Lana Del Rey</div>
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<br /></div>
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Outro exemplar do tipo de rock que eu consumo. Lana Del Rey é conhecida pela languidez, rivotril e botox, mas em Ultraviolence, seu terceiro álbum de estúdio, a moça mostrou que sabe mexer também com guitarra e bateria. Todas as músicas partem de um cenário melancólico, que já era o cenário original da Lana em músicas como Yayo, Videogames e Blue Jeans, por exemplo, mas supera a pegada pop e reveste toda aquela massa de voz oceânica e letra depressiva em uma camada bem grossa de rock minimalista. Fora a corta-pulso Black Beauty e a impecável West Coast, Lana Del Rey ainda me vem com Brooklin Baby, onde cantarola lindamente, e Florida Kilos, onde mostra que ainda dá pra dançar.<br />
<br /></div>
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<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/oKxuiw3iMBE" width="560"></iframe>
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<br /></div>
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2. <b>Esmeraldas</b> - Tiê</div>
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<br /></div>
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Nem o pessoal daqui de casa aguenta mais, do tanto que eu não paro de ouvir esse álbum. Sempre tive uma certa fascinação pela Tiê, que era um pouco por conta da beleza, mas principalmente pela veia autoral nítida desde o seu primeiro trabalho, Sweet Jardim (pra quem não conhece, indico uma boa ouvida em A Bailarina e o Astronauta), e o que era fascínio, depois do lançamento de Esmeraldas, virou obsessão. As letras da Tiê parecem bobas, mas alguma coisa me diz que elas não são. Também não posso afirmar que são cheias de duplo sentido, rancores maduros e recalques sofridos, porque as músicas têm o sentido que a gente dá pra elas. Falo por mim, quando digo que aprendi uma vida de coisas com essas 12 faixas tão fáceis de ouvir. Os arranjos estão muito menos minimalistas, o que também não significa que estejam pauleira, e se conectam às letras com uma organicidade tão grande que eu não imagino uma coisa nascendo antes da outra. O final de Depois de um Dia de Sonho sempre me faz quase chorar e a letra de Urso é tão boa e nonsense, que virou meu hino particular de 2014. Decore você também.</div>
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<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/Bvd4mq1AfCE" width="420"></iframe>
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1. <b>BEYONCÉ</b> - Beyoncé</div>
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<br /></div>
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Ok, se a família já está reclamando do tanto de Tiê que escutei ao longo do ano, o mesmo é válido para o BEYONCÉ da Beyoncé. Não só a família, mas os amigos, os vizinhos, os colegas de curso, os contatos do Snapchat… Ninguém mais aguenta me ouvir ouvindo Haunted, ou Partition, ou Flawless, ou Blow, ou Drunk In Love… E olha que o álbum foi lançado no finzinho do ano passado (o que não o classificaria como melhor álbum de 2014, mas parece que Beyoncé também pensou nisso e mês passado relançou tudo num pacotão deluxe com mais umas três músicas inéditas, uns três remixes e um kit de brinquedos eróticos + um beck bem bolado que vem de brinde para clientes Itaú Card, mediante apresentação da carteirinha de um dos 863 fã-clubes oficiais do Jay-Z). Não tenho muito a acrescentar. Apenas que foi a melhor coisa que Beyoncé já fez. Um CD inteiro tingido de preto, com um neon rosa piscando no meio. Falar que é sobre feminismo seria mentira, falar que é sobre amor, também. Falar que é sobre sexo… É… Podemos falar que é sobre sexo.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/jcF5HtGvX5I" width="560"></iframe>
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<br />
Bônus (porque o post também é Deluxe Edition):<br />
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Também fiz uma lista rápida dos 10 melhores singles lançados em 2014, que estão aqui no final, de castigo, ou porque seus álbuns de origem ainda não foram lançados, ou porque foram lançados mas não tiveram seu conjunto da obra classificado para o Top 10 álbuns, o que não torna essas 10 músicas listadas abaixo menos maravilhosas, muito pelo contrário. A ordem é alfabética, porque eu já estou cansado de fazer escolhas difíceis.<br />
<br />
<div>
<b>Blue Gangsta</b> - Michael Jackson</div>
<div>
Já morreu há anos e ainda faz música melhor que metade desses bunda-branca de hoje em dia.</div>
<div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/UR35GmlmCFQ" width="420"></iframe>
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</div>
<div>
<b><br /></b>
<b>Every Other Freckle</b> - alt-J</div>
<div>
O CD novo do alt-J me decepcionou um pouco, mas não por causa disso:</div>
<div>
<br />
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<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/axTSc3e6wu8" width="560"></iframe>
</div>
</div>
<div>
<b><br /></b>
<b>Froot</b> - Marina and the Diamonds</div>
<div>
2014 foi living la dolce vita como se não houvesse amanhã.<br />
<br /></div>
<div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/WZzcY7ASQno" width="560"></iframe>
</div>
</div>
<div>
<b><br /></b>
<b>Habits (Stay Hight)</b> - Tove-Lo</div>
<div>
Pra cantar bem alto quando o mozão estiver longe.<br />
<br /></div>
<div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/oh2LWWORoiM" width="560"></iframe>
</div>
</div>
<div>
<b><br /></b>
<b>Let Me Down Easy </b>- Paolo Nutini<br />
Revelação do ano, segundo minha própria cara de perplexidade ao ouvir esse homem pela primeira vez.<br />
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/s6HB5nMtqT4" width="560"></iframe>
</div>
</div>
<b><br /></b>
<b>Magic</b> - Coldplay
<br />
<div>
Se você ainda não chorou ouvindo essa música, pode voltar pra janeiro e repetir 2014.<br />
<br /></div>
<div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/Qtb11P1FWnc" width="560"></iframe>
</div>
</div>
<div>
<b><br /></b>
<b>Make Her Say (Beat it Up)</b> - Estelle</div>
<div>
Pra ouvir com catuaba.<br />
<br /></div>
<div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/QqydKg0TBaY" width="560"></iframe>
</div>
</div>
<div>
<b><br /></b>
<b>My Club</b> - Asteroids Galaxy Tour</div>
<div>
Talvez a única bandinha que eu realmente ame. Voltou com esse single belíssimo, mas entregou um álbum meia-boca depois.<br />
<br /></div>
<div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/N-EhDZXp7ns" width="560"></iframe>
</div>
</div>
<div>
<b><br /></b>
<b>NEW DORP. NEW YORK</b> - SBRKT</div>
<div>
Foi o carinha do Vampire Weekend que emprestou a voz pra essa que é a música eletrônica mais gostosa de se ouvir na face da terra.<br />
<br /></div>
<div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/gs0xe9DQEPc" width="560"></iframe>
</div>
</div>
<div>
<b><br /></b>
<b>Paradise</b> - Big Sean</div>
<div>
Rebola, safado!<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/ui1JiOZ1zp4" width="560"></iframe>
</div>
<br />
E ainda tem os filmes...</div>
Gabriel Leitehttp://www.blogger.com/profile/01670403775407029565noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-15417417863539056.post-30664623598292393872014-12-02T00:44:00.000-02:002014-12-02T01:28:52.912-02:00Eu, BoJack, Johnny Marco e Bob Harris<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYoZcSlF0p8bcXxfTDfWBaqbzNY3luOF3rUbuW_K82BdUYYgJxo6g2jmWtc4z_U4hwU9E47rU5oniex8GtwR2z7tSB_BzzYtWdyVEHCEwetmTKi6BgGFuy2uSwVsMMQpYzxWbmL7Mxag/s1600/BoJack+Horseman.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYoZcSlF0p8bcXxfTDfWBaqbzNY3luOF3rUbuW_K82BdUYYgJxo6g2jmWtc4z_U4hwU9E47rU5oniex8GtwR2z7tSB_BzzYtWdyVEHCEwetmTKi6BgGFuy2uSwVsMMQpYzxWbmL7Mxag/s1600/BoJack+Horseman.jpg" height="223" width="400" /></a></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sinto que essas férias vão ser daquelas de torcer as tripas. O ano não acabou, mas já faz tempo que me sinto esgotado. Também não podemos dizer que não passou rápido. Até o fim do semestre, que a cada ano renova o tom da sua tortura, desta vez passou como uma viagem de ácido. Posso ter chorado (e provavelmente chorei), mas não sei se de graça ou de dor. Dos trabalhos que fiz, acho que nenhum se salvou. Amanhã tenho uma última chance, na aula de literatura contemporânea, quando vou ter que apresentar um seminário sobre Alice Ruiz e Cecília Meireles. Considerando que o grupo é formado por mim e mais três perdidos, e que faz apenas alguns minutos que escolhi meu tema, sinto que esse trabalho também não vai ter salvação.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O resto do tempo tenho matado a surras de bunda. E como se já avistasse a ponta de um enorme iceberg se aproximando (férias, é você?), baixei o piloto de várias séries dessa nova temporada que ou a Cláudia Croitor ou a Ana Maria Bahiana recomendaram (em matéria de televisão, aprendi que as dicas femininas são muito mais precisas e evitam muitos tiros no escuro). De todo o balaio, escolhi How To Get Away With Murder, BoJack Horseman e The Affair, que ainda não consegui assistir.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Se te interessa: How To Get Away With Murder é com a cabulosíssima Viola Davis em um papel tão cabuloso quanto. Ela é a professora mais temida e bajulada de uma faculdade de direito, gosta de fazer joguinhos para estimular a competição entre seus alunos e numa dessas acaba se ferrando. Ainda não sei como nem por que (e já estou no terceiro episódio), mas isso não é culpa da minha estupidez, como pode parecer, e sim da montagem espertinha, que vai contando a história de traz pra frente ao mesmo tempo em que conta a história de frente pra trás, de modo que eu imagino que daqui a pouco as duas histórias vão ser obrigadas a se encontrar no meio e a gente vai finalmente entender tudo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
É, acho que falando assim não deve ter dado muita vontade de ver; mas se eu fosse você, assistiria. Os alunos dela, apesar de péssimos seres humanos, são interessantes. Tem o negro com complexo de inferioridade e uma intuição fora do comum, o branco babaca, embora mestre da retórica, a bicha má... e por aí vai. E a série, apesar de um pouco brega, porque é de canal aberto (classe média sofre, dsclp), consegue superar isso com casos que não forçam a barra e atuações que não matam a gente de vergonha.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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O outro programa não tem tantos poréns. BoJack Horseman é tudo o que se espera de um bom desenho (comecei a ver desenho ontem, com As Aventuras de Gumball, e já estou ditando regras): tem personagens irresistíveis (BoJack é um ator alcoólatra e fracassado que mora em Hollywood com um vagabundo que ele adotou pra lhe fazer companhia), temas interessantes (a cultura de celebridades, a crítica à cultura de celebridades e a cultura da crítica à cultura de celebridades) e uma boa dose de delusionismo (na Hollywood de BoJack, metade dos habitantes são animais personificados, o que gera figuras ótimas como uma foca-marinheiro ou um papagaio contra-regra).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
BoJack, inclusive, é um cavalo; e seus dias se resumem a muita vodca com cenoura e maratonas da sua série favorita (que, por acaso, é estrelada por ele próprio). Uma atriz-problema estilo Lindsay Lohan, ao tentar diferenciar seu fracasso do de BoJack, afirma que, para ser um ator fracassado, é preciso ter sido antes um ator de sucesso. E eu, que já estava começando a me identificar com personagens como o Johnny Marco (de Um Lugar Qualquer) ou o Bob Harris (de Encontros e Desencontros), resolvi voltar um pouco atrás e me identificar primeiro com BoJack, o fracassado sem sucesso prévio.</div>
Gabriel Leitehttp://www.blogger.com/profile/01670403775407029565noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-15417417863539056.post-27735446496140703922014-08-25T11:29:00.000-03:002014-08-25T22:06:35.319-03:00Relato Transcrito por Volta de Meio-Dia<div style="text-align: justify;">
Sobre um poeta que gostava de escrever pela manhã. Segundo a sua teoria, a manhã era o melhor momento para a inspiração artística:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O corpo ainda não se acomodou à estranheza da vida real. Os sonhos estão frescos. Nossos olhos e ouvidos ainda não foram contaminados por qualquer coisa dos homens. Vivíamos há muito num universo só nosso, que, de tão nosso, nem reconhecíamos como tal.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Portanto na manhã, dizia ele, é consideravelmente mais fácil captar aquela fagulha de vida que nos falta ao meio-dia e que temos de sobra à noite. De manhã nossos olhos e ouvidos ainda não foram corrompidos por todas aquelas imagens e sons que a humanidade produz e que à noite já atrapalham, envenenam e modificam o trabalho do poeta.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
De manhã posso levantar em segredo, quando o mundo ainda não se deu conta de mim. Ou posso me demorar por um ou dois instantes e prolongar essa omissão. Posso sentar sozinho, comigo mesmo, e matutar ou remoer. Quando vejo, os versos aparecem pequenos, ainda sem muita ousadia, mas certamente seguros e que logo vão dando outros versos, desta vez mais soltinhos..."</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O que o poeta não sabia (e morreu sem saber) é que todo aquele trabalho poético matinal, que ele não só produzia como lia e relia, recortava e copiava, riscava e recitava às palmas, já era imagem e som da qualidade mais humana que havia.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Acabou contaminado, corrompido, atrapalhado e envenenado por si mesmo. Seus poemas ficaram ilegíveis. Se matou de desgosto, quando ainda era manhã.</div>
Gabriel Leitehttp://www.blogger.com/profile/01670403775407029565noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-15417417863539056.post-77803373373504819352014-05-08T01:11:00.001-03:002014-05-08T02:54:46.934-03:00Ela Anda Tão Triste<div style="text-align: justify;">
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjC1_z4x-lKnuxNP3nkWNDiwrirL6jePEVlTdyt7CD9BBnhQQGr0iRq3oPo4rJJio6DXb1j3EfvDkWCm_Og_mfzGwR4BXnX053ZQevkEcNIitByMeIiragHNshtqdKvnrJAj2fsmm8gzw/s1600/phpThumb.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjC1_z4x-lKnuxNP3nkWNDiwrirL6jePEVlTdyt7CD9BBnhQQGr0iRq3oPo4rJJio6DXb1j3EfvDkWCm_Og_mfzGwR4BXnX053ZQevkEcNIitByMeIiragHNshtqdKvnrJAj2fsmm8gzw/s1600/phpThumb.jpg" height="640" width="426" /></a></div>
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Você que achou o novo álbum da Lykke Li triste deveria segurar um pouco o choro e ouvir este <a href="http://www.adrianacalcanhotto.com/sec_discografia2_view.php?id=48">Olhos de Onda</a>, da Adriana Calcanhotto, pra aprender o que é tristeza de verdade. O disco, que saiu essa semana, é o registro da estreia de sua nova turnê aqui no Brasil (Adriana já havia estreado antes em Portugal) e consegue reunir 20 canções numa sequência que, ou te mata de poesia, ou te mata de depressão.</div>
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"Onde será que isso começa?", pergunta ela já no primeiro verso. Não sabemos se fala da dor ou do mar. Parece que as duas coisas se embrulham ao longo do show; uma tentando caber na outra. O mar de Portugal, berço da nossa língua, se esforça para falar de uma dor que, sem muito esforço, faz-se toda correnteza em busca de um oceano que lhe acalme.</div>
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Não existe banda, mas também não precisa. Adriana Calcanhotto é uma das poucas cantoras brasileiras que ainda sustentam um show inteiro só com violão e voz. A mulher toca barbaridades, canta barbaridades e deixou o cabelo crescer. Tudo parece favorecer a tristesse do espetáculo e você pode saber que depois de uma ou duas canções menos pessoais, que ela só toca pra colocar a plateia na mesma temperatura, a coisa vai começar a ficar feia. "No dia em que fui mais feliz eu vi um avião se espelhar no seu olhar até sumir", e depois disso é só ladeira abaixo.</div>
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Impossível fugir de uma interpretação vagabundinha e ignorar o fato de que as músicas do álbum parecem recriar o fim de um relacionamento. Depois de Me Dê Motivos, que ela regrava com um sofrimento muito mais elegante que o do Tim Maia, Adriana envereda por caminhos obscuros e comete um cover de Back to Black com tanta verdade e luto que até os fãs mais puristas da Amy (acreditem, eu sou um deles) ficarão sem material para o mimimi.</div>
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O clímax vem com Maldito Rádio, uma das três canções inéditas presentes no disco. "Maldito rádio / agora que parecia que eu ia / mudar de vez o curso dessa história / agora que parecia que ia ser agora / Não é momento / de reprisar canções que são só minhas / Maldito rádio, não me faça pensar nela / volte pras notícias / para o hit da nova novela...", mas parece que o rádio é tão maldito que não obedeceu. E já emendou com Devolva-Me, o carro-chefe da dor de cotovelo. É sempre ótimo ouvir aquele silêncio longo que Adriana Calcanhotto faz questão de alongar na última estrofe: "o retrato que te dei / se ainda tens, não sei / mas, se tiver... (e neste momento o público sempre enlouquece e um ou dois gritos de "devolve", "devolve!", "devolve, porra!", surgem no vácuo) ...devolva-me".</div>
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E do meio pro fim, torna-se bastante tênue a linha que separa a adoração sincera da obsessão doentia. "A uma hora dessas / por onde passará seu pensamento? / Por dentro da minha saia / ou pelo firmamento?", ela quer saber; "onde será que você está agora?", ela procura; "entre por esta porta agora e diga que me adora / você tem meia-hora pra mudar a minha vida / vem, vambora", ela convida.</div>
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E ao que tudo indica a pergunta fica mesmo sem resposta, a procura sem encontro e o convite sem destinatário.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEc2vuiHbHGTTTTY-yN8zGeqD5wastCMTfH9xOnBMnAQmrHY0m_6a32GPJpQrr9Q0A7vvIMswc02Gy6FYFxmPMJlzS4Gxhyphenhyphen8pwz1lpWH8MSR3bBgkfXDOO3E7YaZUSyuD7XgU7L1IQkg/s1600/1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEc2vuiHbHGTTTTY-yN8zGeqD5wastCMTfH9xOnBMnAQmrHY0m_6a32GPJpQrr9Q0A7vvIMswc02Gy6FYFxmPMJlzS4Gxhyphenhyphen8pwz1lpWH8MSR3bBgkfXDOO3E7YaZUSyuD7XgU7L1IQkg/s1600/1.jpg" height="266" width="400" /></a></div>
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<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><i>"Depois de ter você, poetas para quê?</i></span></div>
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<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><i>Os deuses, as dúvidas,</i></span></div>
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<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><i>pra quê amendoeiras pelas ruas?</i></span></div>
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<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><i>Para quê servem as ruas?</i></span></div>
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<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><i>Depois de ter você..."</i></span></div>
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Gabriel Leitehttp://www.blogger.com/profile/01670403775407029565noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-15417417863539056.post-78342744275901180972014-04-26T04:44:00.000-03:002014-04-26T04:48:15.963-03:00Possuí e Perdi Alguma Coisa Infinita<div style="text-align: justify;">
Dois mil e catorze e eu acabo de descobrir esse gênero chamado ensaio. Claro que já tinha lido alguns ensaios na minha vida, mas nunca tinha me dado conta de que o nome daquilo era ensaio. Enfim. Acabei viciando. Gastei dinheiro no Kindle, investi tempo e saúde e conheci David Foster Wallace, o autor de Ficando Longe do Fato de Já Estar Meio que Longe de Tudo.</div>
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Quando eu digo conheci, é conheci realmente. E isso é uma das coisas legais de se ler uma coletânea de ensaios (principalmente a coletânea de ensaios de um cara que tem a cabeça como a do David Foster Wallace). O mergulho na mente, na capacidade narrativa e descritiva do autor é tão profundo que, por vezes, você se pega pensando como um D. F. Wallace em plena praça de alimentação do Conjunto Nacional, o que torna a vida inviável. Por outro lado, você, de certa forma, faz um amigo (vomitem, ridículos). Você passa horas numa conversa sem volta com esse homem que te faz rir e te faz pensar e quase te faz dormir, antes de te assaltar com uma construção genial e te fazer acordar. É um pouco estranho, mas você se acostuma (e no final, até ama).</div>
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O livro reúne alguns ensaios sobre, por exemplo, cruzeiros de luxo, a problemática de se cozinhar lagostas ainda vivas e as razões pelas quais Federer é o melhor ser humano que já pisou neste planeta. Todos muito bem escritos. Cheios de detalhes precisos, jornalísticos e, ao mesmo tempo, completamente descompromissados com as coisas "naturalmente" primordiais. Uma das coisas mais legais do D. F. Wallace é essa capacidade de enxergar aquele detalhe que, à primeira vista, não parece muito digno de nota, mas que cresce com o texto e encontra correspondentes muito íntimos na nossa própria memória. Daí talvez a certeza de ter conhecido um ensaísta que se matou há seis anos. Seu texto tem a capacidade de nos ensinar algumas coisas fantásticas e, ao mesmo tempo, deixar a sensação de que, no fundo, nós sempre soubemos essas coisas.</div>
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Fiquei um pouco angustiado do meio pro final. Não pela qualidade do texto (até porque o texto é realmente impecável), mas porque Wallace tem uma visão muito pessimista, cíclica e perdida da existência humana. No meu ensaio preferido dessa coletânea (Isto É Água, que na verdade é um discurso de formatura que Wallace teve que fazer para alguma turma) ele descreve, com precisão, esse ciclo de fracassos e fala sobre a única alternativa possível. Só por esse trecho, o livro já valeria a pena.</div>
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<i>"A única verdade com V maiúsculo é que quem decide como vai tentar ver as coisas são vocês mesmos. Essa, a meu ver, é a liberdade de uma educação autêntica, de aprender a ser bem ajustado: poder decidir conscientemente o que tem significado e o que não tem. Poder decidir o que venerar…
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<i>Pois aqui está uma outra verdade. Nas trincheiras cotidianas de uma vida adulta, não existe isso de ateísmo. Não existe isso de não venerar. Todo mundo venera. Nossa única escolha é "o que" venerar. E se existe uma ótima razão para talvez venerar algum tipo de deus ou coisa espiritual - seja Jesus Cristo ou Alá, yhwh ou uma deusa-mãe wiccan, as Quatro Verdades Nobres ou algum conjunto inviolável de princípios éticos - é que provavelmente todas as outras coisas vão devorar vocês vivos. Quem venerar o dinheiro e os bens materiais, quem buscar neles o sentido da vida, nunca terá o suficiente. Nunca terá a sensação de que tem o suficiente. É a verdade. Quem venerar o próprio corpo, beleza e encanto sexual sempre vai se achar feio, e quando o tempo e a idade começarem a deixar marcas morrerá um milhão de mortes antes de finalmente ser enterrado por alguém. (...) Quem venerar o poder vai se sentir fraco e amedrontado, e precisará de cada vez mais poder para conseguir afastar o medo. Quem venerar o intelecto, ser visto como inteligente, vai acabar se sentindo burro, uma fraude na iminência de ser desmascarada. E por aí vai.</i></div>
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<i>Essas formas de venerar são traiçoeiras não por serem malignas ou pecaminosas, mas por serem inconscientes. São configurações padrão. É o tipo de veneração pelo qual nos deixamos levar gradualmente, dia após dia, e que nos torna cada vez seletivos em relação ao que vemos e a como atribuímos valor às coisas, sem jamais termos plena consciência do que é isso que estamos fazendo. E o suposto 'mundo real' nunca desencorajará vocês de operarem nas configurações padrão, porque o suposto 'mundo real' dos homens, do dinheiro e do poder avança tranquilamente movido pelo medo, pelo desprezo, pela frustração, pela ânsia e pela veneração do ego. Nossa cultura atual canalizou essas forças de modo a produzir doses extraordinárias de riqueza, conforto e liberdade pessoal. A liberdade de sermos senhores de reinos minúsculos, do tamanho dos nossos crânios, sozinhos dentro de toda a criação. Esse tipo de liberdade tem seus méritos. Mas é óbvio que há liberdades dos mais variados tipos, e no vasto mundo lá de fora, onde o que importa é vencer, conquistar e se exibir, vocês não ouvirão falar muito do tipo mais precioso de todos. O tipo realmente importante de liberdade requer atenção, consciência, disciplina, esforço e a capacidade de se importar genuinamente com os outros e de se sacrificar por eles inúmeras vezes, todos os dias, numa miríade de formas corriqueiras e pouco excitantes. Essa é a verdadeira liberdade. Isso é ter aprendido a pensar. A alternativa é a inconsciência, a configuração padrão, a 'corrida de ratos' - a sensação permanente e corrosiva de ter possuído e perdido alguma coisa infinita."</i></div>
Gabriel Leitehttp://www.blogger.com/profile/01670403775407029565noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-15417417863539056.post-771688947361102682014-04-15T23:56:00.001-03:002014-04-16T00:00:06.719-03:00Quebrando o Silêncio como Quem Quebra a Bacia<div style="text-align: justify;">
Estive pensando demais. Li um bocado de poema, cometi outros tantos, perdi tempo adoidado e não consegui fazer muito. Cogitei um novo formato pro blog, com textos mais curtos e frequentes (numa tentativa de burlar o sistema e fazer na verdade um imenso Twitter com caracteres ilimitados), mas não tive coragem de me comprometer a tanto pra depois acabar com posts minúsculos e, ainda assim, esporádicos.</div>
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Tenho ouvido muita música. E elas têm me falado sobre a beleza das coisas de um jeito diferente. Comecei até a comprar CD (não todos os que eu quero ouvir, porque isso não faz nem sentido num mundo como o nosso, dominado por iPhones), mas os meus prediletos, aqueles que lembram uma época específica, uma boca específica ou uma caminhada na chuva. Compro pra ouvir no home theater, deitado no sofá, e depois deixar na estante como um mini-monumento da obra que eu já tinha de graça, há séculos, no celular. Pensando bem é um pouco besta.</div>
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Hoje me peguei com uma vontade maior que o normal de escrever aqui. E nem sei por que. O abandono já é tão longo (e tão cheio de promessas vagas e esperanças vãs), que qualquer textinho que quebre o silêncio vai ser noooossa.</div>
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Não. Assim como a vida, quando esse texto acabar você vai ver que nem foi lá grandes coisas.</div>
Gabriel Leitehttp://www.blogger.com/profile/01670403775407029565noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-15417417863539056.post-54609567264174129122014-02-26T01:26:00.000-03:002014-02-26T02:46:47.602-03:00O que Eu Ganhei com os Filmes Do Oscar 2014<div style="text-align: justify;">
Preciso confessar que esse ano, quando vi, já tinha perdido a entrega dos Golden Globes. Não andei muito preocupado em zerar os feeds de notícias a tempo de acompanhar uma temporada de prêmios com a dedicação que se deve e acabei não participando de nenhum bolão. Eu sei que ainda dá tempo (e talvez eu até participe de um bolão de cinco reais com uns amigos desanimados demais pra apostar mais grana que isso num programa de TV), mas a verdade é que, esse ano, o máximo que consegui fazer foi ver os filmes.</div>
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Não é tão pouco sacrifício quanto parece. Professor particular tem uma fase tenebrosa que dura <strike>o ano todo</strike> de dezembro de um ano a março do outro (que é quando saem os primeiros pagamentos). Sim, isso soa como férias escolares (e, coincidentemente, nossas férias também), mas, diferente dos professores graduados, com carteira assinada, décimo terceiro e mil privilégios, nós não recebemos nada se não dermos aula. Mas vocês também já sabem disso, porque todo ano eu reclamo da mesma coisa. O fato é que estou deplorável, pedindo dinheiro emprestado aos amigos, economizando na coxinha... e mesmo assim fiz questão de assistir aos nove indicados a melhor filme no cinema. Parabéns. Muito bom. Agora me diz... o que eu ganhei com isso?</div>
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Algumas coisas. Vou tentar enumerá-las de 9 a 1, considerando a importância que tiveram pra mim e a diferença que fizeram na minha vida (mesmo que essa diferença tenha durado apenas 120 minutos).</div>
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9. <b>Philomena</b></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEJEOBcFEvdzdQ-L7ApolAinOMFuOv8muO968187UQPz8lNl-p4aiYWT1lznmNcKRyrCowfFFsB7Ce2YcO1ZGJ04HKwLKQUNRp7xC2jAmNKo4NTB3oSzu2GQZi41gOS8kRmg4IttWSTQ/s1600/Philomena.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEJEOBcFEvdzdQ-L7ApolAinOMFuOv8muO968187UQPz8lNl-p4aiYWT1lznmNcKRyrCowfFFsB7Ce2YcO1ZGJ04HKwLKQUNRp7xC2jAmNKo4NTB3oSzu2GQZi41gOS8kRmg4IttWSTQ/s1600/Philomena.jpg" height="248" width="400" /></a></div>
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Ganhei uma Judi Dench diferente (como todas as Judi Denchs de fato são); com tanta fofura e compaixão que fez com que eu saísse do cinema me sentindo o próprio George W. Bush. Seu filme não tem muitas ambições e, por isso mesmo, consegue satisfazer cada uma delas com um perfeccionismo britânico. Philomena fala de uma jovem mãe que, trancafiada num convento, vê seu filho ser dado para adoção e aprende que isso é parte da punição pelo terrível pecado que cometeu, quando levantou as saias pra um rapaz moreno do parque.</div>
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O roteiro do filme conta essa história pelo ponto de vista de um escritor, também interessado em Philomena (e eu digo "também" partindo do pressuposto de que quem vai ao cinema deve, antes de tudo, estar interessado na história de uma mãe que perdeu o filho de vista, por culpa de umas freiras malvadas); e justamente por isso o filme tem um começo de metalinguagem interessante. Enquanto a editora de Martin Sixsmith (Steve Coogan) enche sua paciência, sugerindo que ele invista na atmosfera da culpa, colocando a Igreja Católica como a grande responsável pelo sofrimento daquela mãe (não que a Igreja Católica não tenha sido a grande responsável, de fato), pra que o leitor se sinta injustiçado e ofendido... você percebe que está se sentindo exatamente injustiçado e ofendido e fala: opa, espera aí.</div>
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8. <b>Clube de Compras Dallas</b></div>
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<br /></div>
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Eu não queria ter que exaltar atuação de novo, porque os cinéfilos vão começar a pensar que eu não entendo nada de cinema e que deveria estar me propondo a comentar teatro (ao que eu responderia: não só comento o que eu quiser, como comento é tudo!), mas a verdade é que não tem como ignorar a encarnação (na falta de um termo melhor) perfeita de Matthew McConaughey. Seu Ron Woodroof transita entre o animal selvagem e o animal arredio. São duas coisas diferentes e, no caso de Ron, perfeitamente complementares. McConaughey merece o Oscar, definitivamente. Mas eu não consigo não torcer pelo DiCaprio esse ano. Desencanta, menino!</div>
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Também ganhei a atuação de Jared Leto. Esse sim, com a minha torcida (e também com o favoritismo) pelo Oscar de melhor ator coadjuvante. Seu travesti é magnético. Ou sua performance é.</div>
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<br /></div>
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7. <b>12 Anos de Escravidão</b></div>
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<br /></div>
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Confesso que fiquei um pouco decepcionado com esse aí. Não porque o filme é ruim (ele não é), mas porque eu esperava alguma coisa que fosse mudar a história do cinema para sempre. Ou pelo menos mudar a história dos filmes feitos sobre escravidão para sempre. Não fez uma coisa nem outra.</div>
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<br /></div>
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Mas fez um filme lindo, forte, sobre uma história mais linda e mais forte ainda. 12 Anos de Escravidão é, antes de tudo, um desses filmes muito fáceis de dar certo. Tem a coisa da culpa branca e tem a verdade incontestável dessa marca de sangue na nossa história, que já mexe com o nosso coração muito antes de chegar na nossa cabeça. E como cinema é emoção pura, fica difícil não segurar o espectador pelo estômago. A gente já entra na sala torcendo pelo Solomon. Teria que ser um diretor muito ruim pra estragar essa vantagem. Por isso, e também pela reputação do Steve McQueen, parece que é ele quem vai ganhar.</div>
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<br /></div>
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6. <b>Trapaça</b></div>
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<br /></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDUK4HyG7bCJkDKhd7WqerfvXbAJzxXf4p9TwEAzN1llad-7uRCwHULNzm7O0uuLNtnt3NP1rp-jzJIuKdtOQSK2l9wmqd_biNwW524BhQlNCwGtwxFIPKd9BsLkQVEa2PdUds5hMyhA/s1600/Trapac%25CC%25A7a.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDUK4HyG7bCJkDKhd7WqerfvXbAJzxXf4p9TwEAzN1llad-7uRCwHULNzm7O0uuLNtnt3NP1rp-jzJIuKdtOQSK2l9wmqd_biNwW524BhQlNCwGtwxFIPKd9BsLkQVEa2PdUds5hMyhA/s1600/Trapac%25CC%25A7a.jpg" height="258" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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Ganhei outro filme do David O. Russel, que pode não ser muito talentoso, mas dirige ator como o diabo. Trapaça concentra, em seu nome, quatro indicações ao Oscar (uma pra cada categoria de atuação). E todas são merecidas. Eu não queria ter que jogar minha voz no lixo, misturando-a com a voz da multidão, mas Jennifer Lawrence está matando a cobra e mostrando o pau como a caipira perua que bota fogo na casa do marido.</div>
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<br /></div>
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Trapaça também tem uma trilha sonora que chama a atenção. E eu tô falando de trilha sonora de canções (que é do que o povo gosta), não dessa letargia das trilhas incidentais. Fora isso, tem a direção de arte, a reconstituição de época, os penteados inacreditáveis, os anos 70...</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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5. <b>Capitão Philips</b></div>
<div style="text-align: justify;">
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Se tem uma coisa que eu ganhei com essa maratona, foi a chance de me reconciliar com Tom Hanks. Após anos achando tudo que esse homem faz completamente intragável (porque, a verdade seja dita: Tom Hanks só sabe fazer um papel e esse papel vem a ser o de um homem retardado), pude entrar no cinema com os olhos desconfiados e sair do mesmo cinema com os olhos cheios de água. Capitão Philips é, não só um ótimo filme de assalto (com toda a tensão e as reviravoltas a que tem direito), como também um estudo de personagem riquíssimo. E Tom Hanks brilha como esse capitão. Ele consegue nos conduzir pela mão, despertar uma empatia que a gente nem sabia que tinha (muito menos que viria se manifestar logo agora, por um ator como o Tom Hanks).</div>
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4. <b>Nebraska</b></div>
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Em Montana tudo é cinza e melancólico. E tem esse senhor, Woody Grant (Bruce Dern): um velho senil e alcóolatra que, deslumbrado por um folheto publicitário de assinatura de revistas, pensa ter ganho um milhão de dólares. Como se não fosse o bastante, Woody está certo de que o prêmio só será dele, quando ele for buscá-lo em Lincoln, a capital do Nebraska. David (Will Forte), o filho de Woody, parece um depósito de remorsos e tristezas. É ele quem sempre se sacrifica para buscar o pai, que, decidido a ir pro Nebraska a pé, pôs-se outra vez a sair pela rua em direção ao ouro. É David também quem se cansa dessa história e um dia decide levar o pai, numa viagem de carro, até o fuzilamento de sua ilusão.</div>
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Essa é a história de Nebraska, último filme de Alexander Payne, que também dirigiu os ótimos Os Descendentes e Sideways – Entre Umas e Outras. Curiosamente, Nebraska é o único cujo roteiro não foi escrito também pelo diretor. O fato de ser também o melhor filme de Payne se explica não só pela qualidade do roteiro de Bob Nelson, mas também pela direção precisa de um homem que, sem o fardo da autoria, se mostra mais à vontade, amadurecido e focado.</div>
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3. <b>Gravidade</b></div>
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Lembro que vi Gravidade numa sessão 3D lotada, no Festival do Rio, ano passado. Lembro também de estar acompanhado e de, a certo momento, me dar conta de que nossas mãos estavam dadas, na mesma posição, há muitos minutos. Estavam até suando. E a direção de Alfonso Cuarón (eu sempre falo Afonso, é inevitável) foi meticulosamente programada pra reforçar essa angústia que nós sentimos. Seus belíssimos plano-sequências dançam com a câmera pela imensidão de um jeito bonito, mas desolador. Acho que foi o filme que fez com que eu me sentisse mais próximo do espaço. É tudo muito vazio e silencioso. E Sandra Bullock samba.</div>
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2. <b>O Lobo de Wall Street</b></div>
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A única reclamação que ouvi sobre O Lobo de Wall Street era a de que o filme era "muito pesado". E sim, se você considera cenas de sexo e violência algo que torna um filme pesado, O Lobo de Wall Street é um filme pesado. Mas, pensando um pouquinho no Scorsese, no pouco que eu conheço da sua carreira e pensando nessa história, nesse megalomaníaco escroto que o diretor resolveu mostrar ao mundo, eu acho até que o filme ficou bem leve. Inclusive gargalhei.</div>
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O Lobo de Wall Street é o filme mais engraçado que eu vi no cinema nos últimos, sei lá, 10 anos. E isso é total mérito do Leonardo DiCaprio e do Jonah Hill, que estão ridículos e hilários. O humor praticado aqui é o humor do absurdo. Falando assim, parece o tipo de humor que a galera do Pânico pratica (talvez até seja), mas como a história, na verdade, é tristíssima (é sobre uma gente triste, uma sociedade perdida, uma busca inútil e uma droga fatal), esse humor sai do ridículo e entra na ironia. Soa mais bonito.</div>
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1. <b>Ela</b></div>
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O Oscar desse ano me deu, principalmente, uma coisa que há muitas edições não me dava: um filme preferido.</div>
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Com Ela, eu ganhei a chance de repensar um bocado de coisa. Ganhei a oportunidade de pensar no passado, no que nossa espécie foi, e de vislumbrar o futuro, do que nossa espécie é capaz. Também pensei sobre solidão, sobre sentimentos e, porque seria muita canalhice negar, sobre amor.</div>
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Já falaram muito sobre o filme por aí. E já falaram muito bem, de modo que me sinto liberado dessa função. Só queria dizer que eu me peguei por três vezes com as bochechas molhadas (por sorte, em uma delas o cinema estava completamente escuro e só se ouviam as vozes de Joaquin Phoenix e Scarlett Johansson), e que, em cada uma delas, eu me senti, ao mesmo tempo, encantado e triste. Foi como se apaixonar.</div>
Gabriel Leitehttp://www.blogger.com/profile/01670403775407029565noreply@blogger.com2