quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Life. Camera. Action.


Chegou a melhor época do ano. Aquela em que todo mundo abusa do torrent, ataca de crítico e faz suas apostas pro prêmio mais importante do cinema. A corrida do ouro, como é chamada a temporada de premiações e suas politicagens, já está a todo vapor. Tivemos Globo de Ouro há duas semanas atrás, teremos o SAG Awards no próximo domingo e finalmente o Oscar dia 26 de fevereiro. Até lá, minha única obrigação como cinéfilo (e pessoa) será ver o maior número de filmes possível.

Ontem saiu a lista dos indicados e ela trouxe algumas surpresas. Tão Forte e Tão Perto (novo filme do diretor de As Horas e O Leitor) apareceu na categoria principal, tirando a vaga de queridinhos como Tudo Pelo Poder e Millennium: Os Homens que Não Amavam as Mulheres. Entre os prêmios de atuação, Tilda Swinton foi esnobada pra dar lugar à Rooney Mara e Leonardo DiCaprio viu todo seu esforço e transforção para viver J. Edgar completamente ignorados pela Academia. Sinceramente, acho que DiCaprio ainda sofre muito preconceito. Não sei se por ter começado cedo ou por ter sido o queridinho das adolescentes nos anos 90 ou até mesmo por ter feito Titanic, mas é visível que rola uma má vontade com relação ao trabalho do cara. E assim... Ele já provou que é um ator de verdade. E dos bons (Ilha do Medo e A Origem não me deixam mentir).


No campo das animações, foi muito triste não ver a Pixar entre os indicados. Ela, que monopolizava a categoria há uns 10 anos, dessa vez não chegou a ser mencionada. Fez um trabalho medíocre e foi merecidamente limada pela crítica. Mas acho que serviu como lição, né? Que esse caminho do cinema comercial é sempre errado. Então, amigos, voltem a fazer filmes por amor e não por dinheiro que a gente promete apagar Carros 2 da memória.

Agora... E Woody Allen, hein? Humilhou todo mundo e garantiu suas duas indicações (como diretor e roteirista), além de melhor filme e direção de arte para Meia-Noite em Paris. Infelizmente, acho que sua única chance está no roteiro original, até porque todo mundo sabe que ele não tá nem aí pro Oscar, não vai aparecer na cerimônia e, se ganhar, é capaz de derreter a estatueta pra comprar uns discos de jazz.


A cerimônia, que acontece dia 26 de fevereiro, será apresentada por Billy Cristal e transmitida aqui no Brasil pela TNT com os deliciosíssimos comentários rancorosos de Rubens Ewald Filho. Até lá, a gente vai gastando todo o dinheiro que não temos com ingresso de cinema e pipoca.

Um comentário:

Thiago D. disse...

Gente que se denomina "cinéfilo". RISOS.

E véi, nada a ver isso de Leo sofrer preconceito por ter começado cedo/ser queridinho das adolescentes dos anos 90. Quer ver seu argumento quebrar? Vai vendo: ele foi indicado ao Oscar quando era criança pelo papel em Gilbert Grape - Aprendiz de Sonhador. E depois de Titanic, aliás, há bem pouco tempo, conseguiu emplacar uma dupla indicação na categoria de ator principal. Preconceito: cade? RISOS. Só vou acreditar na hipótese de marcação quando eu assistir a performance de todos os indicados. :p

E antes que pense/pergunte: sim, sou desses que desconsidera um texto inteiro para se ater/comentar apenas um ponto. RISOS.