terça-feira, 19 de março de 2013

No Country for Old Players


Quando a Fani foi eliminada ontem, Pedro Bial se deu ao trabalho de inventar toda uma parábola cansativa pra explicar que a veterana entendeu muito menos do jogo que o novato Nasser e por isso não conseguiu vencer. Que ela passou o programa inteiro lutando por uma verdade e que, sim, foi bastante verdadeira, mas e daí? Quem quer verdade? O povo quer é fantasia, Fani! E isso o Nasser sacou bem rápido. Ele é um personagem tão bem projetado que eu fico tentado a achar que merece o prêmio só pelo esforço. A saída da Fani me abalou. Era, talvez, minha BBB preferida desde o sétimo, quando mandou a melhor amiga calar a boca nesse barraco histórico.

Como se não bastasse a saída da Fani, no mesmo programa tivemos Nasser e Andressa colocando André e Fernanda no paredão sem a menor piedade. O mais assustador foi que Andressa poderia escolher entre Natália e Fernanda (teoricamente, sua melhor amiga até então) e escolheu Fernanda. Acho que nunca vi uma votação tão emocionante (gente, alguém me avisa se eu estiver exagerando, mas realmente tudo isso me desesperou): os votos em aberto, o empate entre Natália e Fernanda, o casal de cabeça baixa, chorando, prevendo o destino trágico do seu romance... Não lembro de uma edição ter terminado tão bem.


Pela enquete da UOL, Fernanda volta do paredão. E tô torcendo pra que isso eleve sua popularidade a ponto de ameaçar o favoritismo do Nasser. Ninguém precisa de um novo Rafinha, ninguém quer outro personagem. E a loira teve uma participação tão incrível que só um louco ignoraria tudo isso pra dar o prêmio pra um banana que só fez manipular, discutir a relação e simular brincadeiras sadomasoquistas com a namorada de fachada.

Fernanda sai desse BBB como uma participante do nível de Leka (a bulímica do BBB1), Solange (barraqueira do BBB4), Tina (louca da vassoura do BBB2) e até da própria Fani (vértice mais legal do triângulo amoroso do BBB7). Isso porque foi uma psicopata apaixonada que matou meio mundo de vergonha quando passou dias rastejando por um suposto príncipe, perdeu a dignidade em todas as festas, jogou água e cerveja na cara de todo mundo e justificou tudo isso argumentando daquele jeito afobado e lindo, com o implacável sotaque que só as moças de Belo Horizonte têm.

Não quero ser ingênuo, mas ainda acho que a Fernanda pode ganhar. Principalmente se ela for indicada pro último paredão antes da final com Natália ou Andressa. Mas calma. Todo mundo sabe que a gente não pode criar expectativas em nada que é decidido por votação popular. E não, eu não acho que o povo não sabe votar, que o povo não sabe escolher... Quem não sabe sou eu.

PS: Publiquei uma mixtape nova no 8tracks só com músicas pra te deixar looooooucaaaaa louquinha, rebolando com a bunda na cadeira do escritório.

Um comentário:

Jefferson Reis disse...

Não curto a Fani, mas não posso deixar de dizer que não assisto BBB faz um tempão. Torço pra Fernanda, mas não gosto do André.