sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

O Amor em Dó Maior

Quando o assunto é trilha sonora, devo confessar que não sou nem um pouco erudito. Sempre acabo preferindo os filmes que usam canções e não músicas. É óbvio que não dá pra desprezar o trabalho de gênios como Philip Glass, Hans Zimmer e John Williams, que criam verdadeiras obras-primas orquestradas, mas eles estão em outro nível. Hoje quero falar de música popular (com letra e refrão) e sua capacidade de tornar um filme bom, inesquecível.

Recentemente assisti a três filmes de amor. Sim, embora eu torça o nariz pra comédias românticas, adoro bons filmes de amor (superados apenas por bons filmes de assassinato). E apesar da história dos três ser bastante interessante, o que mais me encantou foram suas trilhas sonoras. Nada erudito. Música popular. E das boas.

O Casamento do Meu Ex (The Romantics)


O Casamento do Meu Ex é desses filmes que geram repulsa pelo título mal traduzido. E pode parecer mais uma comédia romântica boboca, quando na verdade é um excelente drama de relacionamento. Superou todas as minhas expectativas com um enredo simples, envolvendo uma noite, um cenário e três casais. Tem Elijah Wood fazendo um bêbado, Anna Paquin sendo linda e Katie Holmes com uma atuação contida e deliciosa. Ao longo do filme usei o Shazam nada menos que 3 vezes pra identificar as músicas que estavam tocando. Entre elas, essa mistura de balada com eletrônica da banda The Bird And The Bee:


Adeus, Primeiro Amor (Un Amour de Jeunesse)


Adeus, Primeiro Amor é uma produção francesa que fala basicamente sobre a dificuldade de abandonar nossa(o) primeira(o) namorada(o). Camille e Sullivan são dois jovens que precisam se separar e não sabem lidar com a distância, visto que continuam amando um ao outro. Os diálogos são muito sinceros e o final é de uma tristeza devastadora. Parte dessa tristeza é culpa da canção que começa ali e embala os créditos finais: The Water, de Johnny Flyinn e Laura Marling.


Apenas Uma Vez (Once)


Apenas Uma Vez é um filme irlandês independente de simplicidade ímpar e resultado brutal. Dos filmes citados aqui, é o que mais abre espaço pra a música. Aqui ela funciona ou como plano de fundo pra a história dos protagonistas ou como expressão máxima dos seus sentimentos. Mais uma vez o filme termina e deixa a gente sem chão. Todas as canções do longa foram compostas pelo protagonista (que também é cantor) e trazem na letra o tipo de dor que só quem já sofreu por amor conhece.

Um comentário:

Larissa disse...

ah, eu venho achando que de uns anos pra cá as comédias românticas vêm mudando. Têm diretores mais ousados, mais sensíveis, e elas tão vindo com mais qualidade, menos previsíveis. Once tá na minha lista aqui pra assistir :)