quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Controlo o Calendário Sem Utilizar as Mãos


O que me entristece é a falta de perspectiva. Porque quando se tem 9 anos é muito fácil suportar períodos de tédio ou trabalho árduo. Porque as coisas terminam. O recreio chega. As férias chegam. O natal chega. Hoje eu fico olhando pro calendário e tudo o que consigo sentir é uma completa desesperança. Sabe essas pessoas que falam: nossa, não vejo a hora de dezembro acabar? Então. Tenho um pouco de inveja. Porque infelizmente, pra mim, quando acaba dezembro vem sempre janeiro.

Férias nunca é um bom negócio pra professor particular. A gente não tem décimo terceiro, então enquanto nossos alunos passeiam por Miami, a gente conta as moedas pra comprar um Big Mac. Além disso, tem a greve das federais, que acabou com o nosso ano. Ou seja: tô indo ali passar as férias estudando e sem dinheiro, forte abraço.

E dezembro chega como um vírus. As pessoas começam a andar pela rua cheirando a Sundown e cloro. As crianças saem de suas cavernas e dão risadas absurdas enquanto empinam papagaios. Os shoppings exibem suas luzinhas questionáveis. As famílias vão se aproximando, planejando amigo oculto, esquentando o peru... E você ali, com 15 textos pra ler, seminário pra preparar e todo o rancor do mundo.

Mas não era esse o problema. Acabei me perdendo com essa história de férias. O problema é que, independente da data, as coisas estão uma zona.

2 comentários:

Anônimo disse...

I think the admin of this website is really working hard in favor of his website, because here every
stuff is quality based information.
Also see my web page > Captain Black

Juju M. disse...

Eita, e eu que acabei de escrever de que adianta hoje ser sexta-feira se aqui parece sempre uma segundona modorrenta. É porraí.